Cotidiano
O mandato de Corina foi cassado por determinação do presidente da Assembleia Nacional. A cassação sumária aconteceu após ela ter aceitado ser uma representante "extraoficial" do governo panamenho
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A deputada opositora venezuelana María Corina Machado disse nesta sexta-feira, 4, após reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que teme ser presa após sua cassação e acusou o governo cubano de estar por trás de uma tentativa de desmobilizar a oposição venezuelana.
O mandato de Corina foi cassado por determinação do presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello. A cassação sumária aconteceu após a deputada ter aceitado ser uma representante "extraoficial" do governo panamenho. As relações entre Panamá e Venezuela se deterioraram após acusações feitas pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de que o governo panamenho estaria atuando em uma conspiração para apeá-lo do poder.
Segundo os chavistas, a decisão de Corina feriu o artigo 191 da Constituição, que impede parlamentares de ocuparem outros postos de trabalho ou representação sem solicitarem autorização.
"Estão me acusando de trair a pátria e acham que prendendo os líderes da oposição vão conseguir nos desmobilizar. Mas estão enganados", disse Corina em entrevista coletiva após o encontro com o governador.
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A deputada agradeceu ao governador paulista por recebê-la. "É uma alegria poder contar com respaldo valioso ao povo venezuelano dos democratas da região", afirmou. "O governador está muito bem informado sobre as violações brutais de direitos humanos na Venezuela".
Em um breve pronunciamento e sem responder a perguntas da imprensa, Alckmin disse que a deputada é uma legítima representante do povo venezuelano e que não existe democracia sem oposição e respeito aos direitos humanos.
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