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O julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato de Reeva Steenkamp foi retomado nesta segunda-feira em Pretória, na África do Sul, após duas semanas de paralisação, com o depoimento da quarta testemunha de defesa do atleta paralímpico, que matou a sua namorada no ano passado.
Quem depôs foi Johan Stander, a primeira pessoa a que Pistorius disse ter chamado após disparar na sua namorada na madrugada de 14 de fevereiro de 2013. Stander vive no mesmo condomínio fechado onde residia o atleta paralímpico. De acordo com Pistorius, Stander e sua filha foram os primeiros a chegar ao local onde ocorreram os disparos.
O depoimento de Stander se deu após um atropelado início da defesa de Pistorius, em que a versão do atleta sobre o assassinato foi questionada durante o interrogatório pelo procurador Gerrie Nel. As declarações de dois especialistas da defesa também foram atacadas por Nel no início da argumentação da defesa.
Stander declarou nesta segunda que conhece Pistorius desde 2009, quando se mudou para a mesma comunidade do atleta. Ele explicou que recebeu a chamada às 3h18 (hora local). "Ele disse: 'Johan, por favor, por favor, venha à minha casa, eu atirei em Reeva'", afirmou Stander. "'Pensei que era um intruso, venha rapidamente'", completou.
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Depois, Stander descreveu que Pistorius estava abalado quando chegou à sua casa e o encontrou levando sua namorada para o andar de baixo. "É algo que eu não gostaria de experimentar de novo, minha senhora", disse Stander, falando para a juíza do caso. "Porque esse jovem que caminhava carregando a senhora tinha uma expressão de dor e tristeza. Ele estava chorando".
Ele acrescentou que Pistorius estava "desesperado", defendendo a versão de que o atleta paralímpico confundiu Reeva com um invasor. Carice Viljoen, filha de Sander e que seguiu com o pai para a residência de Pistorius, também prestou depoimento, declarando que o astro sul-africano estava aos prantos e com a modelo no colo quando chegou na sua casa.
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Pistorius é acusado de ter premeditado o assassinato de Reeva, contra quem atirou através da porta do banheiro da sua residência. Ele argumenta que confundiu a sua namorada com um suposto intruso perigoso. Os promotores dizem que ele a matou deliberadamente depois de uma discussão.