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Hoje, às 18 horas, na Câmara de Santos — Praça Tenente Mauro Batista Miranda, n° 1, no Centro — será realizada uma audiência pública para discutir a denúncia do médico e vereador Evaldo Stanislau (PT), dando conta que duas pessoas que faleceram recentemente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-socorro Central de Santos teriam sido infectadas por bactéria produtora de Carbapenase (KPCs). A denúncia foi publicada no Diário do Litoral, na última sexta-feira (14).
“Ontem (segunda-feira), tentei que fosse constituída uma Comissão Especial de Inquérito para apurar as mortes na UTI de pacientes com a bactéria KPC. Não foi ‘politicamente’ viável, mas conseguimos que a Comissão de Saúde que eu presido faça a apuração com o compromisso de ‘apoio total’ dos demais vereadores e da presidência da Câmara”, afirmou ontem Stanislau, que insiste na interdição do equipamento, mas a Administração não vê necessidade.
A Prefeitura de Santos montou uma comissão de sindicância para apurar a denúncia. Conforme revelado, a bactéria possui uma enzima que impede que os remédios façam efeito contra elas. Em algumas pessoas, pode provocar males como infecção urinária, pulmonar e generalizada levando à morte.
O episódio levou a delegada Daniela Perez Lázaro, do 2º Distrito Policial de Santos, após registrar boletim de ocorrência, a abrir inquérito para apurar responsabilidades sobre a possibilidade de crime de homicídio causado por negligência.
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Stanislau encaminhou a denúncia à Secretaria de Saúde de Santos, do Estado e ao Ministério da Saúde. O vereador, que tem doutorado em infectologia, disse ao DL que nunca tinha visto “tamanha negligência e irresponsabilidade” por parte de um agente público.
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A denúncia
Ele descobriu a situação pessoalmente, após ser alertado por equipes que trabalham na UTI do PS Central. No local, constatou falta de regras de operações para lidar com a situação e de mecanismos de proteção para evitar infecções cruzadas. Ele revelou que remédios prescritos por médicos não foram comprados.
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Além disso, Stanislau denunciou a não existência de manual de rotinas para precauções e controle de infecções; de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) operacional, o que é obrigatório por intermédio da Portaria Ministerial 2.616/98; falta de insumos básicos; equipes completas de enfermagem; equipamentos (estetoscópios, termômetros e outros); documentos de rotina e procedimentos padronizados para higienização de circuitos respiratórios.
“As secreções aspiradas são desprezadas no banheiro de uso comum de pacientes. Um ambiente propício para infecções cruzadas. Os dois pacientes que faleceram estavam lado a lado durante as internações”, denunciou o médico, entre outros problemas.
Douglas Gonçalves
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O vereador Douglas Gonçalves (DEM) também apresentou requerimentos e elaborou um projeto de lei sobre o assunto.
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