Cotidiano

Delegacia de SP rastreia internautas que incentivam abuso no transporte

Recentemente, páginas como "Encoxadores", no Facebook, com mais de 12 mil seguidores, vêm atraindo a atenção da polícia, que pretende identificar e prender os responsáveis

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/03/2014 às 17:24

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A Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), responsável por investigações no Metrô e nos trens da Grande São Paulo, está rastreando as identidades eletrônicas (IPs) dos computadores de pessoas que administram sites de incentivo ao assédio sexual no transporte público. Recentemente, páginas como "Encoxadores", no Facebook, com mais de 12 mil seguidores, vêm atraindo a atenção da polícia, que pretende identificar e prender os responsáveis por criar os sites ou publicar neles relatos pessoais de abuso de mulheres.

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Por meio do levantamento dos IPs, é possível identificar de que lugar o usuário está acessando a rede. Na tarde desta segunda-feira, 17, o universitário Adilton Aquino dos Santos, de 24 anos, foi preso acusado de molestar uma passageira que viajava em um trem da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Ele foi enquadrado por estupro. A mulher teve o braço imobilizado pelo acusado, que tentou ainda arrancar a calça da vítima. Outros passageiros do trem espancaram o rapaz. As agressões só pararam quando seguranças interferiram. Ao Estado, o jovem confessou o ataque: "Infelizmente, foi um fato. Estava muito apertado (no trem) e eu não aguentei."

Um homem, de 24 anos, foi preso acusado de molestar uma passageira que viajava em um trem (Foto: Divulgação)

Santos afirma que acessava páginas em redes sociais que estimulavam ataques a mulheres dentro da rede de transportes, disse o Delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Divisão Especial de Atendimento ao Turista (Deatur). A vítima, uma supervisora de 30 anos, foi levada à Santa Casa de Misericórdia, onde foi constatada uma luxação no braço.

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Ocorrências

A Delegacia de Polícia do Metropolitano já contabilizou 15 casos semelhantes apenas neste ano. Esta última ocorrência foi a único registrada como estupro - as demais forma classificadas como importunação ofensiva.

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