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Quanto mais se aproxima a Copa do Mundo, mais baratos ficam os aparelhos de televisão. O preço desse tipo de produto vem caindo e, há pelo menos quatro semanas, o item aparece como uma das maiores influências de baixa dos principais índices de inflação do País, como o IPC-S, o IPC-Fipe e o IGP-M. Na avaliação de especialistas, existe a possibilidade de as vendas de TVs estarem abaixo do esperado e, por isso, o varejo estaria realizando promoções na tentativa de reduzir os estoques.
De acordo com o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgado na quinta-feira (29) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), as televisões ficaram mais baratas em abril (0,49%) e em maio (1,63%). Neste mês, o item aparece como a terceira maior influência de queda do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), componente do IGP-M, atrás apenas de produtos do grupo de alimentos.
A medição semanal do IPC-S reforça a percepção de que o movimento de deflação dos televisores está acelerando. De acordo com a FGV, a retração no preço acentuou a queda de 0,40% percebida na primeira quadrissemana de maio para retração de 1,88%, na quarta medição, divulgada na segunda-feira (02). Entre a segunda e a quarta quadrissemanas do mês, as TVs figuraram na lista de principais influências isoladas de baixa no indicador.
Já de acordo com o IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a queda dos preços de TVs na cidade de São Paulo, em maio, foi de 0,85%. Ao longo das três primeiras quadrissemanas, a pesquisa também registrou deflação de 1,96%, 2,31% e 2,78% no item aparelhos de televisão. No acumulado do ano, segundo a Fipe, os televisores acumulam queda de 5,95%. De janeiro a maio de 2010, período que antecedeu a última Copa do Mundo, a queda nos preços foi de 6,31% no mesmo período.
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Para o economista Rafael Costa Lima, da Fipe, o movimento de baixa nos preços dos aparelhos de TV na capital paulista pode ter duas explicações. Um dos motivos levantados é o de que a demanda não estaria tão aquecida quanto o esperado para esta época do ano, por conta da realização do Mundial de Futebol, que começa em junho. Já o outro argumento citado por Costa Lima é o de que as lojas já estariam promovendo descontos em televisores mais antigos, enquanto os lançamentos estariam com preços mais elevados. "O movimento (de queda) é compatível com as duas histórias. Pode estar ocorrendo ou uma procura menor ou promoções", afirmou.
Enquanto as TVs registram deflação, o Índice de Preços ao Consumidor apurado pela Fipe na capital paulista vem desacelerando, mas continuou positivo em maio: 0,25%, após registrar 0,53% em abril. A taxa acumulada em 12 meses é de 5,36%. No ano, o acumulado é de 3,02%. Em maio, a presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, considerou que as vendas de TVs no varejo como um todo estão tendo resultados positivos em abril e maio, mas considerou que uma parte dos consumidores havia antecipado as compras para o primeiro trimestre. Procurado, o Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV) afirmou que não poderia se manifestar sobre o assunto porque não realiza pesquisas sobre tendências de preço e, portanto, não tem fundamentos para avaliar o tema.
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