Munícipe afirma que já está tendo problemas até mesmo para realizar a higiene pessoal / Agência Brasil
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Um morador da Rua Maria Geralda Valadão, em Guarujá, que também é deficiente visual, afirma que já está há 15 dias sem água ou com baixa pressão em seu imóvel. Cleiton de Melo Souza procurou o Diário e relatou que o problema começou no último dia 15 de julho. Desde então, ele tem feito diversas reclamações à Sabesp, mas, até agora, seu problema não foi resolvido.
A residência fica no número 185 da via, no bairro Jardim Mar e Céu. O munícipe afirma que já está tendo problemas até mesmo para realizar a higiene pessoal.
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"Entra ano e sai ano e continua há falta de água. Quando tem água, a pressão é baixa demais e não chega na minha caixa-d’água. Também não chega ao chuveiro. Sem falar nas roupas e até mesmo na higienização, escovar dentes e também lavar louça. Estamos sem levar porque não tem água", afirmou.
A Sabesp foi procurada por duas vezes pelo Diário. Na primeira, culpou o 'inverno atípico'. Confira a nota abaixo.
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"A Sabesp informa que vistoriou o imóvel citado e que devido à baixa incidência de chuvas e às temperaturas neste inverno atípico, estão ocorrendo variações na pressão da água neste endereço. A Sabesp está disponibilizando caminhões-tanque aos imóveis com caixa-d’água e, para reduzir os reflexos à população de Guarujá, adotando medidas técnicas, como o reforço no abastecimento por uma tubulação subaquática ligada ao sistema de Santos".
Ainda segundo Cleiton, nessa visita a Sabesp o teria orientado a instalar uma caixa-d’água na residência. O equipamento foi instalado, mas aí veio outro problema: a companhia não encheu seu reservatório no último dia 23, o deixando sem água mais uma vez.
"No dia 23, um funcionário veio a minha residência. Ele queria acionar a Sabesp para mandar o caminhão pipa, mas queria que eu subisse no telhado onde se encontra a minha caixa-d’água para ligar a mangueira. Eu informei ao mesmo que eu não poderia subir, porque eu sou deficiente visual. Ele, como funcionário da Sabesp, também se recusou a subir".
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Assim sendo, a companhia foi questionada novamente pela Reportagem. E respondeu:
"Uma equipe da Sabesp vistoriou, em 23/7, o imóvel onde é preciso que o cliente tenha acesso à caixa-d’água residencial para que seja possível o fornecimento através de um caminhão-tanque. O cliente foi orientado na ocasião e depois não houve outro retorno para informar a Companhia se já é possível o abastecimento emergencial. Vale reforçar que não é atribuição dos funcionários da Sabesp subir até o reservatório domiciliar, é preciso a colaboração de alguém do imóvel para acessar o local".