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Nesta quinta-feira (10), pela manhã, equipes técnicas da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e Instituto Geológico se deslocaram até Cubatão para vistoriar, em parceria com agentes da Defesa Civil Municipal, os bairros Pedreira, Mantiqueira, Pilões, Cota 95, Cota 200, Vila Nova, Jardim Caraguatá e Vila São José.
Devido às ocorrências de deslizamentos e alagamentos registradas na noite da última quarta-feira, foram danificadas 27 residências, obrigando remoções preventivas de 75 pessoas. Os moradores foram alojados na casa de amigos e parentes. Não houve vítimas.
Cubatão, juntamente com outros 128 municípios mais vulneráveis do Estado, faz parte do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), sendo que sua operação está estruturada em quatro níveis (observação, atenção, alerta e alerta máximo), indicando, progressivamente, a possibilidade de ocorrências de escorregamento e inundação. Para cada um deles, são previstos procedimentos operacionais preventivos sendo que a análise integrada dos parâmetros (índices pluviométricos, previsão meteorológica e vistorias de campo) indica o nível de operação em que se encontra cada município.
Alerta
Na quarta-feira, Cubatão voltou ao nível de alerta em decorrência das fortes chuvas. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) manteve as equipes em campo verificando principalmente as regiões de Pilões, Pedreira Mantiqueira e Cota 200. Em Pilões, deslizamentos de material terroso e árvores atingiram três casas e obstruíram 100 metros da via de acesso ao núcleo, e duas famílias foram abrigadas no Centro Comunitário. Na Pedreira Mantiqueira, queda de árvore e deslizamento levaram uma família a ser abrigada em centro comunitário. Na Cota 200, ocorreram alagamentos, também registrados em outros pontos da cidade, como Vila São José, Vila Esperança, Vila Nova e Água Fria.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, José Antonio dos Santos, um dos parâmetros para a definição do nível de alerta em Cubatão é a quantidade de chuvas em 84 horas acima de 100 mm.
Dragagem
As chuvas também alagaram vários bairros da Cidade. Quem mais sofreu foi a comunidade da Vila São José. Ruas alagadas, casas inundadas e moradores reclamando. Um dos problemas eles já conhecem: as comportas. O outro problema também foi gritado por um dos moradores: “enquanto não desassorear o Rio Casqueiro, nós vamos ficar ilhados aqui”.
A Prefeitura também concorda: “com a dragagem dos rios, aliada aos projetos que vamos realizar para a macrodrenagem, a água das chuvas tem como escoar rapidamente, o que dificultaria a formação de alagamentos. O desassoreamento seria de uma ajuda muito importante para a região”, explicou o secretário municipal de obras, Antônio Domingos Carneiro.
Segundo a Prefeitura, um projeto de macrodrenagem, que engloba a reestruturação do sistema de drenagem das ruas da cidade e a instalação de bombas elétricas para escoar a água, já foi inscrito no Ministério das Cidades. O projeto, orçado em R$ 40 milhões, beneficiará mais de 45 mil pessoas e neste momento aguarda liberação de verbas federais, por meio do PAC-3.
Mas Carneiro alerta que é preciso a drenagem eficiente e completa das águas dos rios que cortam a região. “O ideal é que esse tipo de serviço seja realizado a cada cinco anos, mas certamente há mais de vinte não é feita a dragagem dos rios que passam por Cubatão”.
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