Cotidiano

Decisão sobre pedido de fiança de Pistorius é adiado novamente

O astro paralímpico seguirá preso na delegacia onde está desde quinta passada (14) sob custódia da polícia, em Pretória, capital da África do Sul

Publicado em 20/02/2013 às 18:04

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Pelo segundo dia seguido, o julgamento do pedido de liberdade provisória mediante pagamento de fiança feito pela defesa de Oscar Pistorius foi adiado. Assim, o astro paralímpico seguirá preso na delegacia onde está desde quinta passada (14) sob custódia da polícia, em Pretória, capital da África do Sul. Acusado de ter cometido o assassinato premeditado de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, o atleta biamputado participou de nova audiência nesta quarta (20), mas o juiz do caso, Desmond Nair, deixou para se pronunciar sobre a fiança apenas nesta quinta.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Reeva Steenkamp foi encontrada morta na madrugada da última quinta-feira, na casa de Pistorius em Pretória - eles namoravam há cerca de três meses. A acusação entende que o atleta quis matar a namorada, após uma suposta discussão do casal. Mas a defesa do astro paralímpico sustenta que os tiros foram acidentais, pois ele achava se tratar de um ladrão dentro da residência.

Durante depoimento na audiência desta quarta-feira, o investigador policial Hilton Botha, que trabalha no caso, alegou que tirar Pistorius da cadeia representaria um "risco à sociedade" e afirmou que o atleta poderia tentar fugir da África do Sul caso o juiz aceite o pagamento de fiança que o colocaria em liberdade durante o julgamento.

Pistorius explicou que agiu ao ouvir um barulho vindo do banheiro, sem saber que era sua namorada que estava lá (Foto: AP)

Continua depois da publicidade

O promotor Gerrie Nel alega que o assassinato foi premeditado porque Pistorius teve tempo de colocar as próteses nas duas pernas e caminhar uns sete metros até o banheiro antes de fazer os disparos. Na audiência desta quarta-feira, ele apresentou uma planta da suíte onde o casal estava e argumentou que o atleta precisou passar na frente da cama para chegar ao banheiro e não poderia fazer isso sem se dar conta de que Reeva não estava deitada. "Não havia outra forma de chegar (ao banheiro)", ressaltou.

Hilton Botha também indicou que a pistola foi encontrada debaixo do lado da cama em que Reeva dormia, o que também dá a entender que teria sido impossível que o atleta pegou a pistola sem se dar conta de que a sua namorada não estava na cama. Para defender a sua versão, Pistorius alegou nesta quarta-feira que, naquele momento, o quarto estava totalmente escuro.

Suspeita de doping

Continua depois da publicidade

Durante seu depoimento, Hilton Botha chegou a dizer que a polícia encontrou caixas com seringas e testosterona no quarto de Pistorius. Depois, porém, a promotoria divulgou comunicado explicando que ainda não era possível confirmar que a substância seja mesmo testosterona - estão sendo feitos testes laboratoriais.

O advogado de Pistorius, Barry Roux, confirmou a existência das caixas na residência, mas disse que o conteúdo "não é um esteroide e nem uma substância proibida". "Trata-se de um remédio à base de plantas, ele pode usá-lo e já havia utilizado antes", assegurou.

Craig Spence, porta-voz do Comitê Paralímpico Internacional, também se manifestou para garantir que Pistorius foi submetido a dois exames antidoping entre 25 de agosto e 8 de setembro do ano passado e garantiu que ambos deram resultado negativo.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software