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Mais da metade dos brasileiros (57%) alterou hábitos de consumo ou planejamento financeiro e outros 27% devem alterá-los como reação a crise econômica pela qual o Brasil está passando.
Entre as mudanças mais adotadas estão pesquisar mais antes de comprar, adiar a aquisição de bens mais caros, mudança dos locais onde faz compra e redução de despesas da casa.
O resultado faz parte de uma pesquisa feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 2.002 entrevistados de todo o país para identificar como a crise econômica afeta a vida da população.
No levantamento, foram ouvidas 2.002 pessoas, em 141 municípios, entre os dias 18 e 21 de junho.
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Na crise anterior, iniciada em 2008, o maior percentual dos que ajustaram seus hábitos foi de 30% e no máximo 27% pretendiam alterá-los.
Sentindo no bolso as consequências, –59% disseram ter perdido poder de compra nos últimos 12 meses– as pessoas estão fazendo ajustes em suas vidas.
O consumo de 11 entre 13 tipos de bens e serviços apresentados para avaliação dos entrevistados se reduziu nos últimos 12 meses. Os itens que apresentam maior redução são atividades de lazer, restaurantes e carne vermelha.
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O estudo mostra que 16% das pessoas mudaram de residência para reduzir custos e 13% trocaram os filhos de escola privada para escola pública nos últimos 12 meses.
As mulheres alteraram mais seus hábitos de consumo do que os homens. Enquanto 61% delas disseram ter mudado a rotina, 53% deles fizeram o mesmo.
Elas estão poupando mais do que eles. Com medo das dificuldades futuras, 78% das mulheres garantiram que estão economizando mais, contra 72% dos homens.
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Emprego
A crise também deixou 76% dos brasileiros preocupados ou muito preocupados com o risco de perder o emprego ou de ter que fechar empresa da qual é sócio nos próximos 12 meses.
Quanto menor a renda, maior o medo. Entre os que possuem renda familiar de até um salário mínimo, 67% estão muito preocupados. No outro extremo, entre os que possuem renda acima de cinco salários mínimos, o percentual cai para 54%.
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Em setembro de 2012, 33% estavam muito preocupados com a perda do emprego, percentual que passou para 62% em junho deste ano.
Um total de 44% das pessoas disse que alguém da família ficou desempregado nos últimos 12 meses.
Além disso, quase metade da população (48%) buscou trabalho extra no último ano. Em setembro de 2013, o percentual era menor, de 25%. Os que possuem salários menores também são os que mais recorrem a um segundo trabalho para complementar a renda.
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