Cotidiano
"Para o governo, para nossas agências, não podemos nos dar ao luxo deste longo feriado, pelo menos não neste ano. Vocês sabem o que eu quero dizer", afirmou o presidente russo
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O presidente russo Vladimir Putin cancelou o feriado de final de ano para seus ministros por causa da crise econômica enfrentada pelo país.
Funcionários de empresas em todo o país ficam em casa entre os dias 1º e 12 de janeiro, quando os russos celebram o Ano Novo, o principal feriado do país, assim como o Natal da igreja Ortodoxa, comemorado em 7 de janeiro.
Putin disse durante reunião de gabinete de ministros, transmitida pela televisão, que eles não devem tirar esta folga. "Para o governo, para nossas agências, não podemos nos dar ao luxo deste longo feriado, pelo menos não neste ano. Vocês sabem o que eu quero dizer."
O primeiro-ministro Dmitry Medvedev disse aos ministros nesta quinta-feira que espera que eles mantenham a situação sob controle, mesmo durante o período de calmaria do feriado , "desde os primeiros dias do ano".
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A economia russa, prejudicada pelos baixos preços do petróleo e pelas sanções ocidentais, deve entrar em recessão no ano que vem pela primeira vez em seis anos. O rublo vale atualmente menos da metade do que valia no início do ano.
O banco central russo anunciou nesta quinta-feira que as reservas do país caíram para abaixo de US$ 400 bilhões pela primeira vez desde agosto de 2009, pois o governo tem vendido esses recursos no mercado para manter o preço da moeda nacional
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Estabilizar o rublo, uma das moedas com pior performance neste ano após a queda dos preços do petróleo e as sanções impostas à Rússia, é a prioridade das autoridades monetárias do país.
Nas últimas semanas, o banco central elevou a taxa de juros para 17% e disse que vai oferecer empréstimos em dólares e euros aos bancos, para que eles possam ajudar grandes exportadores que precisem de moedas estrangeiras para financiar suas operações.
Muitas empresas russas não conseguem se financiar nos mercados de capitais ocidentais por causa das sanções impostas ao país, em razão do envolvimento russo na crise na Ucrânia.
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