Cotidiano

Criminoso e 'herói' da Sé tinham em comum longa ficha criminal

Francisco Erasmo Rodrigues de Lima, 61, responsável por salvar a mulher mantida como refém, tinha em sua ficha criminal quatro casos

Publicado em 05/09/2015 às 13:12

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Protagonistas das cenas de sangue nas escadarias da Catedral da Sé, no centro de SP, os dois homens que morreram a tiros na tarde desta sexta-feira (4) -um, como "algoz", outro, como "herói"-, tinham passagens pela polícia.

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Francisco Erasmo Rodrigues de Lima, 61, responsável por salvar a mulher mantida como refém, tinha em sua ficha criminal quatro casos.

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O primeiro deles é uma prisão em flagrante por homicídio doloso ocorrido em 1980.

Depois disso, também foi processado em 1995 por periclitação de vida (por colocar a vida de pessoas em risco), em 1998 por incêndio e em 2000, por receptação.

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Luiz Antonio da Silva, 49, que morreu baleado por policiais após manter uma balconista refém, tinha um número maior de processos criminais desde os anos 1980.

O primeiro registro policial contra ele é de 1987, por furto e tentativa de homicídio.

A ficha criminal dele ainda incluía mais duas passagens por furto em 1988 e em 1989, lesão corporal em 1990 e dano em 1991. Neste mesmo ano, também foi preso acusado de roubo. Em 1993, foi processado por resistência.

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O criminoso também teve três passagens por tráfico de drogas: em 2002, 2004 e 2006.

Os registros policiais de Lima e Silva não informam detalhes de condenação por esses crimes –e por quais chegaram a cumprir pena.

Perito

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O perito criminal Nelson Massini, professor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), avalia que os PMs não erraram nem cometeram excessos na ação nas escadarias da Catedral da Sé.

Ele analisou a pedido da Folha de S.Paulo imagens do crime.

"A polícia poderia ter atirado antes, havia legitimidade para isso. Houve um momento em que a refém tenta tirar a arma das mãos do homem e ele fica em posição de descanso, observando os policiais. Se fosse a polícia americana, teria atirado."

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Segundo Massini, os policiais que estavam naquele momento na praça da Sé eram de rua, sem experiência ou preparo para uma ação rápida. Para ele, é compreensível que os PMs agissem com cautela, sobretudo pelo local de bastante movimento.

"A dúvida é se a polícia poderia ter atirado antes, mas todos foram pegos de surpresa."

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