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A Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) devem deflagrar uma operação intensiva nas próximas semanas na Cracolândia, no centro de São Paulo. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a meta é extinguir as barracas que atualmente abrigam consumidores e traficantes na região.
Na terça-feira, 6, o prefeito Fernando Haddad (PT) se reuniu com o novo secretário estadual da Segurança, Alexandre de Moraes. Eles discutiram a situação do consumo de droga na cidade.
Até a próxima semana, a Polícia Militar deve agir em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) para prender traficantes que abastecem os dependentes da Cracolândia. No fim do ano passado, antes de Moraes assumir, a Prefeitura já negociava reforço no policiamento para agir mais intensamente no controle do tráfico.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana já deslocou, nos últimos meses, novas equipes da GCM para atuar com a Polícias Militar e Civil. "Se a gente fizer a contabilização do número de barracas na região da Cracolândia, ela é a mesma do começo de 2014, mas o número de traficantes e consumidores diminuiu pela metade", disse ao Estado o secretário Roberto Porto. "O que antes chegava a uma média diária de 350 pessoas, conseguimos reduzir para cem consumidores. Com os PMs, temos conseguido manter uma média de uma prisão de traficante por dia."
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Braços Abertos
Em janeiro do ano passado, a Prefeitura chegou a retirar todos os barracos da área e começou a Operação Braços Abertos. Assistentes sociais cadastraram usuários de droga e ofereceram emprego e moradia em hotéis. O programa tem hoje 513 dependentes. Destes, 112 fazem trabalho voluntário contra o vício.
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Meses depois do início da operação, a região voltou a ser movimentada pelos usuários de droga. A Alameda Cleveland, na esquina com a Rua Helvétia, foi tomada por barracos. Os dependentes químicos, que hoje ocupam a via, ficavam concentrados na Avenida Duque de Caxias, na Rua Helvétia e na Alameda Dino Bueno. "A nossa meta é conseguir reconquistar os bons resultados do começo de 2014. Estamos avaliando a melhor forma de fazer isso, sem usar de violência", afirmou Porto.
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