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Foi aprovado ontem, na CPI do BNDES, o requerimento nº 390/2015, do deputado federal Marcelo Squassoni (PRB), que convoca o diretor -presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, para prestar esclarecimentos aos parlamentares. Squassoni quer explicações do representante da empresa, que entre 2006 e 2011 obteve autorização do BNDES para captar R$ 2,3 bilhões sob a justificativa de modernizar e ampliar suas usinas de aço em Ipatinga (MG) e Cubatão. A empresa, porém, anunciou há poucos dias o fim da produção de aço na Baixada Santista, o que deve causar mais de 10 mil demissões diretas e indiretas na Região.
“Nossa intenção não é constranger nem promover caça às bruxas, mas apurar como foi empregado o dinheiro do contribuinte que, neste caso, deveria ser usado para o fortalecimento da indústria e, como resultado, a manutenção dos postos de trabalho”, ressaltou o deputado aos demais integrantes da CPI, que aprovaram o requerimento por unanimidade.
Além do diretor-presidente da Usiminas, Squassoni requereu a convocação do presidente do Conselho de Administração da empresa, Marcelo Gasparino. Os agendamentos da participação de ambos na CPI devem ocorrer nos próximos 10 dias.
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Audiências
Está marcada para o próximo dia 17 uma audiência de Squassoni com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, para tratar da Usiminas. No último dia 4, o deputado já esteve com o ministro do Trabalho e da Previdência, Miguel Rossetto, que informou que proporia à siderúrgica a suspensão das demissões por pelo menos três meses. No último dia 6, Squassoni procurou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que também prometeu apoio à causa. “Vamos apelar a todas as esferas e investigar a fundo para saber se é realmente necessária essa drástica medida que é o fim da produção de aço na Baixada”, afirmou.
Documentos
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Na reunião do último dia 5, a CPI do BNDES já havia aprovado outro requerimento de Marcelo Squassoni, de nº 391/2015, que exige do banco o fornecimento das cópias de todos os processos de financiamento obtidos pela Usiminas nos últimos anos. A CPI aguarda uma resposta até a próxima semana.
Usiminas desmarca reunião com prefeita
Pela segunda vez seguida a Usiminas desmarcou a reunião que o seu presidente, Rômel Erwin de Souza, teria com a prefeita Marcia Rosa para dar esclarecimentos sobre a decisão da companhia de suspender a fabricação de aço na unidade de Cubatão.
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O primeiro encontro estava marcado para acontecer no último 5, mas foi transferido para hoje a pedido da própria empresa. Porém, no final da manhã de ontem, assessores do presidente da Usiminas entraram em contato com a Administração Municipal para desmarcar o compromisso. Segundo informado pela empresa, uma nova data será agendada nos próximos dias.
“Lamento muito que a Usiminas fique postergando esse encontro onde eles deveriam expor as suas razões para tomar medida tão drástica que afetará toda a nossa região. Até o momento, tudo que sabemos foi nos passado pela imprensa. Mesmo assim, estou confiante que a empresa irá rever essa decisão”, disse o secretário de Governo, Fábio Inácio.
TACs
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Sobre a dívida de R$ 6 bilhões em Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) em aberto com a Prefeitura de Cubatão, conforme denunciou a prefeita Marcia Rosa na última quarta-feira, a Usiminas garante que esta informação não procede. Segundo a chefe do Executivo, o valor é referente às compensações pelos danos causados pelo meio ambiente.