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Agora que parecem ter engatado uma trajetória de crescimento, os investimentos públicos em infraestrutura de transportes vão encontrar um obstáculo em 2015: o ajuste fiscal. Diz a lógica que os investimentos devem ser o último item a ser cortado de um orçamento. Mas, como os demais itens de despesa do governo são difíceis de reduzir, é grande o risco de os gastos em transportes serem atingidos.
Nos bastidores, é dado como certo que o governo fará, no início de 2015, um bloqueio de verbas previstas no Orçamento (contingenciamento), de forma a desacelerar os gastos. Nesse quadro, nem mesmo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seria poupado, apesar de o governo ter procurado proteger os projetos listados do programa de qualquer tipo de contingenciamento.
A rigor, a pasta dos Transportes já conta, em 2015, com uma previsão de gastos menor do que a programada em 2014. Ela está em R$ 19,3 bilhões, ante R$ 20,8 bilhões previstos este ano. É uma redução de 7,1%. O Ministério do Planejamento explica a queda com o fato de haverem sido transferidos, por meio de concessões, 4,9 mil km de rodovias federais para as empresas privadas.
Outros projetos de concessões ferroviárias estão nos planos do governo para 2015. Ocorre que a malha que continua sob a administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tem 65 mil km. O Dnit continua a ser o órgão público de todo o setor de infraestrutura que mais concentra investimentos públicos diretos.
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