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Uma equipe de reportagem da BBC enviada à cidade de Hawasiya, na Síria, viu sinais de um massacre no local. A equipe ouviu relatos de que pelo menos 100 pessoas foram mortas e queimadas em suas casas entre terça (15) e quarta-feira (16) na cidade, próxima a Homs, na região central do país.
Há relatos divergentes sobre quem estaria por trás das mortes. Relatos do massacre começaram a ser divulgados na quinta-feira (17) por opositores do regime de Bashar Al Assad, mas ainda não foi possível confirmar as informações. Soldados do Exército sírio disseram à BBC que todos os corpos já haviam sido retirados do local, mas a correspondente Lyse Doucet diz ter encontrado o cenário de um massacre.
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"Três corpos carbonizados estavam dentro de uma casa. Um rastro de sangue manchava o chão", disse Doucet. "Na cozinha, onde xícaras de porcelana estavam dispostas com capricho em uma estante, mais de uma dúzia de cartuchos de balas se espalhavam pelo chão tomado de sangue", relata Doucet. "Em outro quarto, dois outros cadáveres carbonizados estavam próximo a uma cama quebrada."
Moradores locais, ainda visivelmente chocados, disseram à BBC que pelo menos 100 pessoas foram mortas naquele dia. Soldados que acompanhavam a equipe da BBC disseram que centenas de militantes de um grupo rebelde islâmico, o Nusra Front, cometeram os assassinatos.
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Uma mulher disse a mesma coisa à BBC. Mas quando nos afastamos dos soldados sírios, outra mulher disse que o Exército estava presente no momento das mortes e que alguns soldados chegaram a pedir desculpas pelos assassinatos, dizendo que outros haviam agido por conta própria. Esse testemunho condiz com as acusações feitas em sites da oposição, que afirmam que o massacre foi obra da milícia pró-governo Shabiha.
Homs e as áreas ao redor foram palco de alguns dos piores episódios de violência do conflito na Síria. A população de maioria sunita da cidade foi alvo de grandes bombardeios por parte das forças do governo sírio.
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