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A entrega de cartas e encomendas em São Paulo e no Rio de Janeiro deve ser normalizadas até a quarta-feira (18), segundo os Correios. De acordo com a empresa, os sindicatos dessas cidades aceitaram, na última sexta-feira (13), a proposta de reajuste de 8% nos salários e 6,27% nos benefícios, além de um vale extra de R$ 650,65 a ser pago em dezembro deste ano.
"Fizemos o esforço máximo que tínhamos ao oferecer os 8%. Está no limite da possibilidade da empresa. Não há o que oferecer a mais", afirmou o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira. Ele acrescentou que é um bom reajuste "se considerada a conjuntura atual".
As entidades sindicais que não aceitaram a proposta da empresa participarão nesta terça-feira, às 14 horas, de uma audiência de conciliação com os Correios no Tribunal Superior do Trabalho (TST), com mediação do vice-presidente do órgão, ministro Antônio José de Barros Levenhagen. Foram convocados cerca de 30 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect).
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Paralisação
A paralisação dos empregados está mantida por seis sindicatos: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Tocantins, São José dos Campos (SP) e Vale do Paraíba (SP). Portanto, não estão disponíveis nesses locais os serviços de postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada. Os demais serviços, segundo a empresa, funcionam normalmente.
A estatal informou que, no caso de outros sindicatos aderirem à paralisação, continuará a aplicar medidas do plano de continuidade de negócios para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda a rede de agências. Isso inclui ações como a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana e deslocamento de empregados entre as unidades.
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Mesmo com a paralisação em alguns locais, os Correios informam que 98,73% dos funcionários compareceram hoje ao trabalho, de acordo com o sistema eletrônico de presença. A empresa aponta que o impacto financeiro da proposta que apresentou às centrais sindicais é de R$ 806 milhões, enquanto as reivindicações da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) representariam um custo de R$ 31,4 bilhões por ano. Segundo a empresa, o ganho real dos funcionários de 2003 até 2012 foi de 36,91% e a remuneração média do carteiro é de R$ 2.149,72.
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