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As autoridades da Coreia do Norte e da Coreia do Sul iniciaram neste sábado (22) uma crucial reunião de alto nível para tentar pôr fim à grave crise militar que já provocou ao longo da semana uma série de ameaças de guerra entre os dois países.
A Coreia do Norte ameaçou o vizinho do Sul com uma "guerra total" caso não interrompa as operações de propaganda na fronteira.
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O encontro começou na tarde de sábado (horário local) na Aldeia da Trégua de Panmunjom, na fronteira entre as duas Coreias, confirmou uma representante do Ministério de Unificação da Coreia do Sul.
O diretor do Escritório de Segurança Nacional, Kim Kwan-jin, e o ministro da Unificação, Hong Yong-pyo, representam a Coreia do Sul. Pelo lado norte-coreano, estão presentes o vice-marechal do Exército Popular Hwang Pyong-so e o diretor do Departamento da Frente Unida do Partido dos Trabalhadores, Kim Yang-gon.
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Os participantes estão entre os mais importantes membros dos governos de ambos os países, o que reflete a gravidade da situação.
Kwan-jin, ex-ministro de Defesa e que em 2010 impôs duras sanções à Coreia do Norte após dois ataques, também foi responsável por reforçar substancialmente a capacidade do Exército. Por isso, é um dos homens mais influentes do governo de Seul.
Por outro lado, Pyong-so, diretor do escritório político do Exército Popular da Coreia, foi conselheiro do líder Kim Jong-un e é considerado por muitos analistas como o "número dois" de Pyongyang.
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Espera-se que os quatro representantes encontrem uma maneira de evitar a escalada do conflito militar iniciado na última quinta-feira com a troca de tiros de artilharia na fronteira, o que elevou a tensão entre os dois países ao maior nível em dois anos.
A reunião começou depois da hora-limite das 17h (5h em Brasília) imposta pela Coreia do Norte ao Sul. Pyongyang exige que os alto-falantes que divulgam propaganda contra o regime de Kim Jong-un sejam desligados na fronteira.
O líder norte-coreano ameaçou com uma ação militar caso Seul não cumprisse com a exigência. No entanto, os alto-falantes seguem funcionando. As tropas sul-coreanas estavam neste sábado em alerta máximo.
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Após as reiteradas ameaças da Coreia do Norte, Seul e Washington afirmaram que as forças militares conjuntas estão preparadas para responder com severidade qualquer "provocação".
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