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Uma ordem de evacuação imediata não foi emitida para o navio que naufragou na costa sul da Coreia do Sul na quarta-feira, porque oficiais a bordo estavam tentando estabilizar o navio após ele começar a virar, disse um membro da tripulação nesta quinta-feira. Enquanto isso, a Guarda Costeira sul-coreana afirmou que está investigando se o capitão do ferry foi um dos primeiros a deixar o navio. O número de mortes no acidente subiu para 18, incluindo uma integrante da tripulação, cinco estudantes e dois professores. As mortes foram confirmadas por oficiais da Guarda costeira na noite de quinta-feira (horário local).
As primeiras instruções do capitão foram para os passageiros colocarem coletes salva-vidas e ficarem de prontidão. Só em torno de 30 minutos depois de o barco começar a virar que ele ordenou uma evacuação, disse Oh Yong-seok, membro da tripulação de 58 anos, à agência Associated Press. Oh afirmou ainda que não tinha certeza se a ordem do capitão, dada aos membros da tripulação, foi realmente transmitida aos passageiros pelo sistema público de comunicados. A perda de tempo pode ter privado muitos passageiros da oportunidade de escapar enquanto o Sewol naufragava.
Oficiais da guarda costeira contabilizaram o número de sobreviventes em 179. A expectativa é de que o número de mortes aumentasse, porque mais de 280 passageiros seguem desaparecidos. A procura foi prejudicada hoje por correntes fortes e perigosas, chuva e visibilidade ruim. Autoridades sul-coreanas disseram que mergulhadores continuariam ao longo da noite e madrugada tentando entrar no navio.
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Estavam a bordo do ferry 475 pessoas, incluindo 325 estudantes em uma viagem escolar para a ilha turística de Jeju, no sul do país. O ferry viajava à noite de Incheon, na costa noroeste da Coreia do Sul, e estava a apenas três horas de seu destino quando começou a virar. A causa do acidente ainda está sendo investigada. Agora, a embarcação de 146 metros está, com apenas parte de sua quilha visível em águas perto de Mokpo, a 470 quilômetros de Seoul.
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