Cotidiano

Coreia do Norte dispara mísseis no início de manobras EUA-Coreia do Sul

Os disparos foram acompanhados por um aviso do Exército Popular da Coreia do Norte

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 02/03/2015 às 11:27

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A Coreia do Norte disparou hoje (2) dois mísseis em direção ao mar e prometeu "ataques impiedosos" contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul, no início de oito semanas de exercícios militares conjuntos dos dois aliados.

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Os disparos foram acompanhados por um aviso do Exército Popular da Coreia do Norte (KPA). "A situação da península coreana está, mais uma vez, a dois dedos do início de uma guerra", afirmou a agência oficial norte-coreana KCNA, que cita um porta-voz do KPA.

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"Os únicos meios de resposta à agressão dos imperialistas americanos e aliados não são nem o diálogo, nem a paz. Só podemos responder com ataques impiedosos", acrescentou.

O Exército sul-coreano informou que os dois mísseis norte-coreanos, com alcance de cerca de 500 quilômetros, foram disparados da cidade portuária ocidental Nampo e caíram no mar, ao largo da costa oriental.

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Em declaração, Washington e Seul disseram que os disparos de mísseis são "uma provocação".

Para Pyongyang (a capital), os exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul são ensaios para uma invasão do seu território. Os dois aliados afirmam tratar-se de manobras puramente defensivas.

A Coreia do Norte ameaça repetidamente atacar, com meios nucleares, os Estados Unidos. Embora o programa nuclear norte-coreano não seja conhecido, peritos norte-americanos estimam que Pyongyang tenha entre dez e 16 armas nucleares. A Coreia do Norte fez, até agora, três ensaios nucleares, em 2006, 2009 e 2013.

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Os exercícios militares conjuntos, chamados Foal Eagle, vão durar oito semanas em manobras de treino aéreas, terrestres e marítimas, para as quais foram mobilizados cerca de 200 mil soldados sul-coreanos e 3,7 mil norte-americanos. Começa também hoje um exercício conjunto de simulações – Key Resolve – durante uma semana.

Em janeiro, Pyongyang propôs a suspensão de ensaios nucleares se as manobras militares conjuntas deste ano fossem canceladas. Washington rejeitou a proposta, a qual considerou uma "ameaça implícita" de uma quarta explosão atômica.

As relações entre os dois vizinhos deterioraram-se desde 2010, ano marcado por dois incidentes graves: o bombardeio em março de uma corveta sul-coreana, atribuído a Pyongyang por um inquérito internacional (46 mortos), e o bombardeio de uma ilha sul-coreana pelo Norte em novembro (quatro mortos).

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As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 terminou com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz.

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