CARESTIA
Abacate e frutas cítricas puxaram foram os campeões da inflação na feira em 2024, mas é possível economizar até 30% consumindo os produtos da época
No auge de seu potencial produtivo, as plantas também exigem menos cuidados do produtor rural / Divulgação/PMS
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Tem gente que prefere o verão. Outros elegem o friozinho do inverno como a melhor época do ano. As plantas também são assim!
E o conjunto formado por temperatura, quantidade de horas com incidência da luz solar, e maior ou menor disponibilidade de umidade interferem diretamente nos ciclos produtivos dos vegetais.
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Assim, as safras coincidem com o momento de maior potencial produtivo de cada planta. E, agora no verão, as fortes temperaturas e as chuvas torrenciais prejudicam verduras e, especialmente, os legumes. É comum alta de preços nesses itens durante o período que vai do Natal até a Quaresma.
Mas, há como driblar essa máxima da natureza. Nessa fase do ano também há muitas frutas disponíveis, especialmente aquelas que ajudam a regular a hidratação do corpo, algo absolutamente necessário nestes dias de calor.
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No auge de seu potencial produtivo, as plantas também exigem menos cuidados do produtor rural. E isso significa menor carga de inseticidas, acaricidas e demais venenos agrícolas.
Até a dose de fertilizantes químicos necessária para uma colheita farta também diminui. Por esse motivo, segundo especialistas, comprar vegetais da estação pode trazer uma economia de até 30% se comparados os preços com a entressafra.
Na Ceagesp, a maior central atacadista de alimentos in natura na América do Sul, janeiro é sinônimo de abundância de abacaxis, carambolas, coco verde, figos, framboesa, fruta do conde, laranjas-pera, mamões, maracujás, melancias, nectarinas, pêssegos e uvas.
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Mas, há pelo menos 30 dias o melão amarelo tem surpreendido pelos preços muito abaixo do valor habitual no varejo.
O limão tahiti também está no auge da safra. E os preços caíram bastante em Itajobi, cidade da Região Administrativa de São José do Rio Preto que é a maior produtora da fruta no Brasil.
Presente em 15 das 16 regiões administrativas do Estado de São Paulo (só a Baixada Santista não dispõe de unidades da Ceagesp), a central atacadista também registra altas descargas de abóboras, abobrinhas, beterrabas, pepinos, pimentões, quiabos e tomates.
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Entre as verduras, a oferta é mais restrita. Mas, o primeiro mês do ano é sinônimo de fartura nas alfaces, na couve, na salsa e na cebolinha.
Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontam que a alta nos preços de alimentos e bebidas ficou próxima de 6,5% em 2024, portanto acima da inflação oficial, que fechou o ano próximo dos 4,5%. Em 2023, a inflação de alimentos e bebidas foi de cerca de 1%, enquanto a inflação geral foi de 4,62%.