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Confrontos entre soldados leais ao governo da Líbia e um grupo de militantes islâmicos deixaram 38 mortos, incluindo civis, na cidade de Benghazi, no leste do país. Os confrontos foram iniciados ontem e continuaram nesta manhã, de acordo com um porta-voz da segurança.
As forças de comando leais ao general Khalifa Hifter retomaram o controle de quatro campos militares capturados pelos militantes armados nos últimos dias. Durante o combate, oito militantes foram mortos, entre eles, o irmão de um suposto líder de um grupo inspirado no Al-Qaeda, informou o porta-voz.
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Em nota publicada em seu website, o poderoso grupo militante islâmico Rafallah Sahati, confirmou a morte de Ahmed al-Zahawi, irmão de Mohammed al-Zahawi, o líder do Ansar al-Shariah. Os Estados Unidos acreditam que o Ansar al-Shariah estava por trás do ataque de 11 de setembro de 2012 em Benghazi, que matou o embaixador norte-americano, Chris Stevens, e outros três cidadãos dos EUA.
Há mais de dois meses, quando Hifter iniciou sua ofensiva contra as milícias islâmicas, Mohammed al-Zahawi disse que prosseguiria lutando e que Hifter era um agente americano. Hifter, que pertenceu ao alto escalão do exército de Moammar Gadhafi, passou vários anos nos Estados Unidos.
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O conflito em Banghazi segue-se a confrontos entre milícias islâmicas rivais da Líbia, da cidade de Misrata e da cidade de Zintan, pelo controle do aeroporto internacional de Tripoli, há duas semanas.
Mais de três anos após a morte de Gadhafi, a Líbia presencia uma das maiores ondas de violência de sua história, em um país quase sem lei. Ontem, os Estados Unidos retiraram seus diplomatas de Tripoli, que seguiram para a Tunísia, e fechou as embaixadas. A missão de apoio na Líbia das Nações Unidas e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha também retiraram suas equipes.