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Os conflitos recentes no Iraque já deixaram 5.500 mortos neste ano, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta sexta-feira. O documento trata do problema humanitário desencadeado pela ofensiva dos militantes sunitas no país.
O grupo extremista islâmico, que declarou o Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), tomou a cidade de Fallujah e parte de Ramadi, na província de Ambar, no começo de janeiro. Os militantes intensificaram os ataques no mês passado e dominaram grandes áreas do norte e do oeste do país.
Segundo a ONU, pelo menos 5.576 civis foram mortos nos últimos seis meses e outros 11.665 ficaram feridos até junho. Outros 1,2 milhão de pessoas foram expulsas de casa devido à violência da região.
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Os dados mostram um aumento do conflito em relação a 2013. Ano passado, que já foi um dos mais violentos do Iraque, 7.800 civis morreram em 12 meses.
O conflito "infligiu grande dificuldades e sofrimento à população civil, incluindo assassinatos em massa, ferimentos, destruição de vidas e de propriedades", afirmou o relatório. O documento traz indicações de que os abusos foram cometidos por ambas as forças envolvidas no conflito. Os militantes são acusados de violência sexual e sequestros, enquanto o governo do Iraque fez execuções sumárias, de acordo com a ONU.
As Nações Unidas fizeram um apelo para que todos os envolvidos no conflito garantam proteção aos civis e respeitem as leis internacionais de direitos humanos.
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