Condepasa é contra tombamento de chalés

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) é contra o tombamento de um grupo de 56 chalés em Santos. A posição do órgão municipal confronta com a do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), órgão ligado à Secretaria Estadual de Cultura, que abriu em janeiro deste ano um processo de estudo de tombamento dessas edificações.

A posição do Condepasa foi manifestada na noite de ontem, pelo presidente do órgão, Bechara Abdalla Pestana Neves, durante audiência pública para discutir a questão, realizada na Câmara de Santos.

No encontro, vários proprietários de chalés manifestaram posição contrária ao tombamento por considerarem que a medida vai “engessar” os chalés, dificultando a reforma ou a venda das unidades.

Em novembro, membros do Condephaat estarão em Santos para discutir, mais tecnicamente, com o Condepasa a questão.

A publicação da lista dos chalés incluídos no estudo de tombamento no Diário Oficial do Estado provocou revolta nos proprietários das unidades.

“Eu pessoalmente e o Condepasa não somos favoráveis ao tombamento”, afirmou Bechara Abdalla. “O tombamento é só um dos instrumentos de proteção, mas não o único”.

Responsável por organizar a audiência pública, o vereador Sadao Nakai (PSDB) classificou o “momento de tensão” que vivem esses moradores pela forma como eles foram notificados da decisão.

Já Sérgio Santana (PTB) disse respeitar as explicações dadas pelos técnicos dos órgãos de proteção, mas deixou claro que vai lutar politicamente contra o tombamento dos chalés. Para ele, o mesmo impasse vivem os moradores de casas abrangidas no projeto do túnel Santos-Guarujá.