Cotidiano

Condenado pelo TCE, Wiazowski assumirá cargo na Santa Casa de Santos

Ex-prefeito de Mongaguá teve as contas de 2010 e de 2011 reprovadas pelo Tribunal de Contas, e será nomeado vice-provedor da instituição

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/02/2014 às 01:14

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Mesmo com as contas de 2010 reprovadas e o pedido de embargo de declaração indeferido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), o ex-prefeito de Mongaguá Paulo Wiazowski Filho conseguiu cargo em uma importante instituição da região. Ele será nomeado na próxima segunda-feira vice-provedor da Santa Casa de Santos.

Apesar de não ser ilegal a escolha de Wiazowski Filho, a Santa Casa de Santos parece ter ignorado a passagem do ex-prefeito pela Justiça.

As contas do ex-prefeito, referentes a 2010, foram reprovadas pelo TCE. Um dos motivos foi o repasse de verba para a Câmara Municipal de Vereadores, na época presidida por seu irmão, Walmir Wiazowski, em valor acima do permitido pela lei. De acordo com o Tribunal, foi extrapolado o limite máximo constitucional de 7% de despesas da Câmara.

O TCE também emitiu parecer desfavorável às contas de Wiazowski Filho referentes a 2011. Segundo relatório do Tribunal, o ex-prefeito não cumpriu a integralização dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), limitando-se a 99,28% dos recursos. Além da Ficha Limpa.

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Paulo Wiazowski - 'Meu cargo na Santa Casa é benemérito e filantrópico' (Foto: Matheus Tagé/DL)

Recurso

Na última quarta-feira, o TCE indeferiu o pedido de embargo de declaração impetrado pelo ex-prefeito de Mongaguá. Ele questionava o parecer desfavorável à aprovação das contas relativas ao ano de 2010.

Santa Casa de Santos

A Santa Casa de Santos vai nomear o ex-prefeito como vice-provedor da instituição na próxima segunda-feira. No entanto, o Diário do Litoral questionou a razão da escolha de Wiazowski Filho para o cargo, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

Além disso, o DL questionou quais as funções atribuídas ao vice-provedor, que serão exercidas pelo ex-prefeito, e ainda se ele terá salário, qual o valor. Nenhum questionamento foi respondido.

Por telefone, Wiazowski disse que seus processos são passíveis de recursos e que os julgamentos ainda serão realizados pela própria Câmara de Vereadores e pela Justiça. “A questão do repasse da Câmara se resume a uma interpretação jurídica, em que já existe jurisdição a meu favor. A Justiça já reconheceu que a diminuição só valeria para o ano seguinte”, disse.

O ex-prefeito ressalta que foi reeleito e que o processo que o impediu de exercer o segundo mandato já se encontra em recurso especial no Supremo Tribunal Federal (STF). “Meu cargo na Santa Casa é benemérito e filantrópico. Quero retomar minha vida e trabalhar pela saúde pública”, finalizou.

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