Cotidiano

Concha Acústica passa no teste de som

Sete músicos foram convidados para tocarem violão, baixo, violino, teclado, trompete, simulador de bateria, além de voz

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 19/01/2015 às 16:28

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A Concha Acústica passou no teste de som realizado nesta segunda-feira (19) pela Cetesb e a Polus Engenharia, empresa contratada pela Prefeitura e que passa a fazer o monitoramento sonoro do equipamento público durante um ano. Foram quase duas horas verificando os níveis de decibéis, tanto interno quanto externo.

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O promotor de Meio Ambiente de Santos, Daury de Paula Júnior, acompanhou todo o trabalho, inclusive o teste no apartamento 92, da Av. Vicente de Carvalho, 68, que motivou a ação que interdita a Concha Acústica desde 2001. Ele disse não ver nada que possa impedir a volta da programação cultural ao lado do Canal 3 junto à praia.

No imóvel da orla foram feitas medições no quarto e na sala, com as janelas abertas e fechadas. “No apartamento o som da Concha Acústica era quase imperceptível. O aparelho registrou 55 decibéis, mas era do som vindo da rua”, disse o promotor.

O gerente da Cetesb em Santos, Cesar Eduardo Padovan, e o engenheiro acústico da Polus, Ivan Imagawa, acreditam que até quarta-feira (21) enviam os relatórios técnicos ao Ministério Público (MP) apontando os decibéis máximos que podem ser atingidos no equipamento cultural. Após, o MP vai propor um Termo de Ajustamento de Conduta à Prefeitura para liberação da licença pela Cetesb.

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Trilha sonora

Sete músicos foram convidados para tocarem violão, baixo, violino, teclado, trompete, simulador de bateria, além de voz. O repertório que rompeu o silêncio teve “I want to hold your hand”, dos Beatles, “Fascinação” e o tema de A Bela e a Fera, entre outras canções.

A Secult vai esperar o laudo técnico para definir a programação, mas adiantou que o espaço deve contemplar música instrumental, erudita, MPB, bossa nova, jazz, rock acústico, teatro e contação de histórias infantis.

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O prefeito Paulo Alexandre Barbosa ficou feliz com o que viu e ouviu. “A população tem um grande carinho pela Concha Acústica e é bom ela estar de volta”.

Teste foi realizado nesta segunda-feira (Foto: Divulgação/PMS)

Mesa de som garante respeito ao limite de som

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Uma mesa de som vai garantir a tranquilidade para os vizinhos da Concha Acústica e o respeito ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a ser assinado entre Ministério Público e Prefeitura.

O arquiteto da Secult, Silmar Paulo, disse que todos os instrumentos musicais estarão ligados a essa mesa, que registra os níveis de som e mostra por um sinalizador colorido os indicativos de decibéis. Verde para as notas que estão dentro do limite previsto no TAC, amarelo quando se aproxima desse parâmetro, e vermelho quando o ultrapassa.

“A mesa terá total controle sobre o som que sai do palco e pode até cortá-lo, se for preciso”, garante Silmar. Outra vantagem é que o aparelho registra toda apresentação. “Se alguém reclamar, vamos ter condições de verificar e provar se o som partiu da Concha Acústica ou foi de fora”.

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Autor do projeto, o arquiteto Carlos Prates explicou que dois painéis no fundo do palco, com lã de pedra e duas chapas de aço perfuradas, absorvem o som; ao redor, as paredes de vidro com 3,20m de altura são feitas por duas camadas, com plástico na parte interna. Segundo ele, isso também ajuda a conter a propagação sonora.

Equipamento é acessível à plateia e palco

A reforma da Concha Acústica custou R$ 1.009.259,05, recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade) e garante acessibilidade total. O cadeirante tem acesso tanto à plateia quanto ao palco, camarote e sanitário.

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Com o equipamento ganhou piso de resina reciclada (substitui as madeiras que exigiam manutenção permanente), passa a ter 226 assentos de pvc e comporta 80 pessoas em pé. O local contará com seis ventiladores para melhorar a sensação térmica nas instalações.

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