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A Concha Acústica passou no teste de som realizado nesta segunda-feira (19) pela Cetesb e a Polus Engenharia, empresa contratada pela Prefeitura e que passa a fazer o monitoramento sonoro do equipamento público durante um ano. Foram quase duas horas verificando os níveis de decibéis, tanto interno quanto externo.
O promotor de Meio Ambiente de Santos, Daury de Paula Júnior, acompanhou todo o trabalho, inclusive o teste no apartamento 92, da Av. Vicente de Carvalho, 68, que motivou a ação que interdita a Concha Acústica desde 2001. Ele disse não ver nada que possa impedir a volta da programação cultural ao lado do Canal 3 junto à praia.
No imóvel da orla foram feitas medições no quarto e na sala, com as janelas abertas e fechadas. “No apartamento o som da Concha Acústica era quase imperceptível. O aparelho registrou 55 decibéis, mas era do som vindo da rua”, disse o promotor.
O gerente da Cetesb em Santos, Cesar Eduardo Padovan, e o engenheiro acústico da Polus, Ivan Imagawa, acreditam que até quarta-feira (21) enviam os relatórios técnicos ao Ministério Público (MP) apontando os decibéis máximos que podem ser atingidos no equipamento cultural. Após, o MP vai propor um Termo de Ajustamento de Conduta à Prefeitura para liberação da licença pela Cetesb.
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Trilha sonora
Sete músicos foram convidados para tocarem violão, baixo, violino, teclado, trompete, simulador de bateria, além de voz. O repertório que rompeu o silêncio teve “I want to hold your hand”, dos Beatles, “Fascinação” e o tema de A Bela e a Fera, entre outras canções.
A Secult vai esperar o laudo técnico para definir a programação, mas adiantou que o espaço deve contemplar música instrumental, erudita, MPB, bossa nova, jazz, rock acústico, teatro e contação de histórias infantis.
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O prefeito Paulo Alexandre Barbosa ficou feliz com o que viu e ouviu. “A população tem um grande carinho pela Concha Acústica e é bom ela estar de volta”.
Mesa de som garante respeito ao limite de som
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Uma mesa de som vai garantir a tranquilidade para os vizinhos da Concha Acústica e o respeito ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a ser assinado entre Ministério Público e Prefeitura.
O arquiteto da Secult, Silmar Paulo, disse que todos os instrumentos musicais estarão ligados a essa mesa, que registra os níveis de som e mostra por um sinalizador colorido os indicativos de decibéis. Verde para as notas que estão dentro do limite previsto no TAC, amarelo quando se aproxima desse parâmetro, e vermelho quando o ultrapassa.
“A mesa terá total controle sobre o som que sai do palco e pode até cortá-lo, se for preciso”, garante Silmar. Outra vantagem é que o aparelho registra toda apresentação. “Se alguém reclamar, vamos ter condições de verificar e provar se o som partiu da Concha Acústica ou foi de fora”.
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Autor do projeto, o arquiteto Carlos Prates explicou que dois painéis no fundo do palco, com lã de pedra e duas chapas de aço perfuradas, absorvem o som; ao redor, as paredes de vidro com 3,20m de altura são feitas por duas camadas, com plástico na parte interna. Segundo ele, isso também ajuda a conter a propagação sonora.
Equipamento é acessível à plateia e palco
A reforma da Concha Acústica custou R$ 1.009.259,05, recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade) e garante acessibilidade total. O cadeirante tem acesso tanto à plateia quanto ao palco, camarote e sanitário.
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Com o equipamento ganhou piso de resina reciclada (substitui as madeiras que exigiam manutenção permanente), passa a ter 226 assentos de pvc e comporta 80 pessoas em pé. O local contará com seis ventiladores para melhorar a sensação térmica nas instalações.
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