Cotidiano
O gerente da Área de Operação da Light, Alexandre Pereira, advertiu que os blocos que saem acompanhados dos trios elétricos não devem passar em ruas que tenham fiação elétrica
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Durante os desfiles de carnaval, os trios elétricos têm de manter uma distância de segurança da rede elétrica para evitar qualquer tipo de contato, que pode ser perigoso tanto para seus integrantes quanto para os foliões que brincam na rua, alertou hoje (17) o engenheiro Fábio Fonseca, responsável pela área de Distribuição da concessionária Ampla Energia e Serviços. A companhia atende a cerca de 2,5 milhões de clientes residenciais, comerciais e industriais em 66 municípios do Rio de Janeiro, que representam 73% do território do estado.
Os foliões devem evitar o uso de serpentinas, especialmente as metalizadas, disse Fonseca à Agência Brasil. Segundo ele, esse tipo de material pode provocar curto-circuito e não deve ser lançado na direção da rede elétrica, "principalmente se ela for do tipo metalizado”.
O gerente da Área de Operação da Light, Alexandre Pereira, advertiu que os blocos que saem acompanhados dos trios elétricos não devem passar em ruas que tenham fiação elétrica, para evitar riscos desnecessários. A concessionária, responsável pelo fornecimento de energia a 31 municípios do estado, tem 4 milhões de clientes
Pereira disse que as pessoas precisam manter distância da rede elétrica e nunca colocar enfeites em postes das concessionárias de energia, devido ao risco que a proximidade da rede oferece. Independentemente do material condutor de que seja feito o enfeite, existe risco de contato do corpo das pessoas com a rede elétrica, alertou.
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Fábio Fonseca ressaltou que a recomendação feita aos trios elétricos é a mesma para os que montam palcos, andaimes e estruturas metálicas no carnaval: “os palcos têm que ter uma distância de segurança com relação à rede para evitar qualquer tipo de acidente”.
É preciso cuidado também com as ligações provisórias, disse ele, referindo-se ao comércio ambulante, que se instala em locais próximos aos desfiles, e necessita de energia elétrica para funcionar. De acordo com a Ampla, o pedido de fornecimento de energia precisa ser feito com antecedência para que o atendimento ocorra dentro do prazo e das condições de segurança. Pereira, da Light, reforça a recomendação de cuidado, alertando que as ligações provisórias devem ser feitas por técnicos das companhias, para garantia de legalidade e qualidade do serviço e da segurança de todos.
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O principal risco para quem não cumpre as recomendações é o curto-circuito, que, segundo Fonseca, “é muito intenso e pode danificar os equipamentos dos trios elétricos, além de representar risco também de vida para as pessoas. Ele explicou que a rede de energia tem tensões que variam entre 11 mil volts e 13,8 mil volts. “Pode-se sofrer um choque elétrico muito intenso, com risco de morte. O nível de tensão é muito elevado e um acidente, nesse tipo de situação, é muito grave”, ressaltou. Além disso, Fonseca orienta crianças e adolescentes que gostam de soltar pipa a procurar áreas livres, abertas e evitar a proximidade da fiação elétrica.
Fonseca e Pereira recomendam aos que viajam durante o carnaval que evitem deixar equipamentos ligados para evitar desperdício de energia, inclusive os que ficam no modo stand by, como computadores e televisores.
A presidenta da Associação Independente de Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade do Rio de Janeiro (Sebastiana), Rita Fernandes, disse à Agência Brasil que somente sobem nos trios elétricos os músicos e os cantores, “que já estão acostumados e sabem como lidar” com a distância necessária da rede elétrica. De acordo com Rita, os blocos não deixam os foliões subirem. “Só sobe quem está trabalhando. Folião está em outro ritmo. Nosso lema é folião no chão.”
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