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Feriado nacional, o dia de Corpus Christi foi celebrado por toda a comunidade católica na Baixada Santista, onde mais de 50 missas em oferta à Eucaristia foram realizadas. Além das celebrações das missas e das procissões, esse dia é marcado pela confecção de tapetes decorativos, em oferta ao Corpo de Cristo. A Eucaristia encerra o ciclo Pascoal.
Na manhã de ontem, a Reportagem do DL acompanhou a confecção dos tapetes de Corpus Christi na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro Aparecida, em Santos. Devido à chuva, os tapetes foram montados dentro do salão da igreja, onde crianças e adultos compartilharam do momento e ajudaram a montar os tapetes, que o Santíssimo Sacramento passa tradicionalmente por cima.
De acordo com o padre João Chungath, pároco da igreja, a celebração de Corpus Christi remete à festa da Eucaristia, que significa o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo, tendo como símbolo o cálice da salvação e, logo, o espírito de fraternidade e de partilha. “Deus partilhou seu filho conosco, e nós agradecemos a Deus. A palavra Eucaristia significa agradecer”, explicou padre João.
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O pároco conta que a origem da festa de Corpus Christi remete ao século XXI, na Bélgica, quando uma irmã augustiniana teve uma visão com Jesus, sacramentando que se realizasse uma festa e uma procissão em homenagem ao Santíssimo Sacramento. Por volta de 1264, o papa Urbano IV decretou que a celebração fosse realizada por toda a Igreja Católica.
No Brasil, a festa foi introduzida somente com a chegada dos portugueses, e a primeira procissão aconteceu em Ouro Preto, Minas Gerais.
“E o que significa tudo isso? Jesus deu sua vida para nossa salvação, e agradecemos a Ele mostrando no nosso jeito, mostrando nossas capacidades artísticas para que Ele passe por aqui, antes de dar a bênção antes que termine esse dia”.
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Tradição
A catequista Sandra Regina Alves da Silva não lembra quando começou a participar da confecção dos tapetes de Corpus Christi, mas recorda que é uma tradição em sua família. Ela conta que foi levada por sua mãe, e desde lá participa das celebrações e das confecções dos tapetes, que agora, compartilha com a presença da filha. Dona Sandra afirma que “é muito importante as crianças participarem desse momento, porque a Eucaristia é a partilha, é Jesus vivo, é retribuir um pouco da oferta que Jesus nos deu e dá”. Ela diz que os pais devem levar os filhos para Igreja, mas “há casos que os filhos levam os pais, e isso é um exemplo de Eucaristia, de fraternidade e de partilha”, finalizou.