Cotidiano

Compra de mísseis russos para defesa fica para 2016

A previsão é de que o contrato de aquisição, estimado em US$ 1,3 bilhão, seja assinado até março de 2016. O equipamento não será utilizado na segurança dos Jogos Olímpicos do Rio

Publicado em 11/07/2015 às 14:49

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As Forças Armadas do Brasil terão, sim, um novo o sistema de defesa antiaérea - é o Pantsir S1, russo, em negociação bilateral há três anos. Mas, não agora. A previsão é de que o contrato de aquisição, estimado em US$ 1,3 bilhão, seja assinado até março de 2016. O equipamento não será utilizado na segurança dos Jogos Olímpicos do Rio.

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A discussão envolve reciprocidade comercial por meio das importações de produtos brasileiros pela Rússia. Dilma Rousseff e o presidente Vladimir Putin trataram do assunto pela primeira vez em 2012. Cada uma das forças - Exército, Marinha e Aeronáutica - receberá uma bateria do sistema.

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O tema foi abordado com certa discrição, durante a semana, em Ufá, no encontro dos dirigentes dos Brics, segundo revelou ao Estado um diplomata da embaixada brasileira. De acordo com o funcionário, o acerto - definido como sendo de cooperação militar -, depende de haver provisão dos recursos orçamentários, o que acontecerá só no ano que vem.

O equipamento combina lançadores de mísseis e canhões de controle eletrônico. É considerado muito moderno. O governo decidiu pela compra de três baterias do Pantsir S1, de médio alcance. Cada conjunto padrão é composto por seis carretas lançadoras semi blindadas, e mais os veículos de apoio: carro de comando-controle, radar secundário, remuniciadores e unidade meteorológica.

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O radar de detecção localiza os alvos na cadência de 10 deles por minuto em uma área de 36,5 quilômetros. O tempo de reação é estimado em 20 segundos. Cada disparador é carregado com 12 mísseis 57E6. Leva, ainda, dois canhões de 30mm de tiro rápido - com acessórios digitais que permitem localizar e abater aeronaves no limite entre 15 km e 20 km, voando a até 15 mil metros de altitude.

O preço final pode ser reduzido, acreditam especialistas do Ministério da Defesa. A análise das especificações e do contrato vem se arrastando desde fevereiro de 2013. As primeiras entregas serão feitas 18 meses após a assinatura do termo definitivo.

Certos componentes do Pantsir, podem ser substituídos por equivalentes feitos no Brasil. As carretas de tração integral, por exemplo, seriam trocadas pelo modelo 6×6 da Avibrás Aeroespacial, de São José dos Campos, que utiliza os veículos no conjunto Astros-2, lançador de foguetes livres. O radar de campo também pode vir a ser trocado pelo Saber M200, de 200 km de raio de ação. Produzido pela BraDar, subsidiária da Embraer Defesa e Segurança, rastreia até 40 objetivos simultaneamente, priorizando a reação pelo grau de ameaça. Há uma segunda parte na transação, envolvendo a encomenda de duas baterias de outro míssil russo, Igla, na versão S/9K38, a mais recente da arma antiaérea leve disparada do ombro de um só soldado. 

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