MORTE DE FÃ DA TAYLOR SWIFT

Como a proibição da entrada com água em shows afeta o direito do consumidor?

Proibir a entrada do consumidor com um produto tão essencial quanto a água para vendê-la dentro do estádio, pode configurar venda casada, afirma especialista

Da Reportagem

Publicado em 21/11/2023 às 14:08

Atualizado em 21/11/2023 às 14:33

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Ana Clara Benevides, de 23 anos, passou mal no início do show de Taylor Swift / Divulgação/Arquivo Pessoal

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Na noite da última sexta-feira, 17 de novembro, uma fã da cantora Taylor Swift faleceu durante o primeiro show da turnê da artista no Brasil, realizado no Rio de Janeiro. 

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O incidente ocorreu devido às altas temperaturas do local, que atingiram uma sensação térmica de 60º C. Ana Clara Benevides, uma jovem de 23 anos, desmaiou no estádio e recebeu atendimento no local por aproximadamente 40 minutos. No entanto, ela sofreu uma segunda parada cardiorrespiratória enquanto estava a caminho do hospital.

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Ao longo do show, relatos extraoficiais sugerem que cerca de mil pessoas desmaiaram, levantando preocupações entre os fãs sobre a proibição de levar garrafas d'água para o estádio, apesar das condições extremamente quentes.

Proibição de levar água a estádios fere direito do consumidor?

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De acordo com a advogada e consultora jurídica, Dra. Lorrana Gomes,  do escritório L Gomes Advogados, esse tipo de proibição pode configurar venda casada e falta de cumprimento de obrigação para com a saúde e segurança do consumidor.

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"Esse tipo de proibição pode configurar venda casada pois a água é um produto essencial, em especial em grandes temperaturas, que é proibido pela legislação brasileira, ainda mais, nesse caso, onde supostamente a venda de água no estádio foi priorizada em detrimento  à saúde do consumidor".

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"Além disso, há também a responsabilidade da produtora para com a segurança e saúde dos consumidores, a partir do momento em que se propõe a realizar um show deve-se ter atenção não apenas ao entretenimento, mas também a todos esses aspectos derivados, como segurança e estrutura", destaca a Dra. Lorrana Gomes.

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