A proposta da Artesp é instalar uma praça de pedágio no km 326,3 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Itanhaém / Nair Bueno/DL
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A Associação Comercial de Itanhaém (Acai) lançou um manifesto, nesta semana, nas redes sociais contra a praça de pedágio prevista para ser instalada no município. A medida está prevista no plano de concessão do Lote Rodovias do Litoral Paulista, da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), do Governo do Estado.
O objetivo, segundo o presidente da Associação Comercial de Itanhaém, Roberto Campos, é proteger o comércio local, trabalhadores, moradores e turistas que serão impactados negativamente com a instalação da praça de pedágio.
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Afirma que o manifesto será enviado ao Ministério Público e ao Governo do Estado para serem tomadas as devidas providências. Na sua opinião, o primeiro grande impacto será dividir uma cidade onde mais de 70% da população e do comércio estão localizados do lado morro.
"O fechamento da maioria dos acessos da rodovia para as marginais e a cobrança do pedágio para utilizar a rodovia no trecho do município poderá restringir e desestimular o acesso ao comércio",
esclarece.
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Segundo Campos, o morador e o comerciante serão altamente impactados de forma negativa com o aumento de circulação, terão prejuízos com o desgaste de veículos e o custo com combustível, além do custo adicional para acessar a rodovia.
"Além disso, as avenidas e as ruas da cidade não estão preparadas para o aumento significativo do fluxo de veículos de moradores e turistas que vão fugir desse custo. Vamos ter um grande acréscimo no custo de manutenção das vias de circulação".
Completa ainda "somos uma cidade de 489 anos e que carece de investimentos em infraestrutura. A renda per capita da população é uma das menores do Estado, não é possível absorver mais esse custo sem prejudicar o crescimento e o desenvolvimento econômico da Cidade".
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TURISMO.
Para Campos, o setor turístico também será afetado, de maneira indireta, pois com o impacto negativo no crescimento econômico, a cidade perderá a sua capacidade atrativa em oferecer serviços de
qualidade.
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"Uma cidade para ser forte e atrativa precisa cuidar de seu povo e de sua economia. Quanto mais carente é a população maiores serão os problemas sociais e isso afasta o turista que busca lazer e entretenimento", avalia.
O manifesto, segundo o presidente da Acai, vai permanecer nas redes sociais até a Cidade conseguir impedir a instalação do pedágio e continuará se vier a ser instalado. A expectativa é mobilizar toda a população para intervir contra.
A ação tem o apoio de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Itanhaém, o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e outras entidades representativas da Cidade.
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Para ter acesso ao link do manifesto, as pessoas podem acessar o link http://chng.it/4gzKQfnX9D.
SEM DISCUSSÃO.
Campos argumenta que a Artesp e o Governo do Estado têm a obrigação de esclarecer quais os estudos que foram realizados e justificam o pedágio. "A contrapartida é ridícula em razão ao dano que será causado ao município e são muitas as razões que não estão sendo respeitadas. Por que escolheram Itanhaém?", questiona.
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Lembra ainda que essa rodovia foi recapeada, recentemente, com recursos do IPVA alto que os usuários pagam. E que estão desconsiderando uma cidade histórica sem ouvir e discutir ponto a ponto com a população, já que a audiência pública não foi realizada.
O Diário do Litoral já havia publicado reportagem sobre os vereadores de Itanhaém que não conseguem marcar uma reunião com a Artesp para ter informações sobre o pedágio, no dia 5 deste mês.
Na reportagem, a Artesp informou que o processo de concessão do Lote Litoral Paulista foi lançado no dia 14 de maio. Mas que o processo licitatório ainda está em fase inicial, e não há definição sobre a concessionária responsável pela rodovia Padre Manoel da Nóbrega e nem sobre o valor e a data de início de cobrança dos pedágios nas estradas do lote Rodovias do Litoral.
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