Cotidiano
Dirigente e comerciantes não aguentam violência e estão insatisfeitos com atuação da Polícia Militar da cidade. Nas redes sociais, PM estaria proibindo que viaturas realizem patrulhamento em áreas periféricas
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Vítima de um assalto envolvendo seis menores – quatro armados com revólveres - o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Guarujá e Vicente de Carvalho, Hassen Ahmad Hammoud, perdeu a paciência e está pedindo ao coronel Ricardo Ferreira de Jesus, responsável pelo Comando de Policiamento do Interior - 6 (CPI-6), a transferência do comandante da 21º Batalhão de Polícia Militar, o tenente coronel PM Rivaldo Pereira.
“A falta de segurança em Vicente de Carvalho e Guarujá chegou a um ponto sem precedentes na história. Estamos sendo assaltados em nossos comércios, na porta de casa e nas ruas por gangues de menores armados com pistolas”, afirma o dirigente no ofício.
Hammoud continua: “cansados de solicitar as nossas autoridades, que se escondem dentro de seus aposentos com medo, solicito a transferência do comando, para que possamos atender aos pedidos de socorro do nosso comércio e dar continuidade ao nosso trabalho de segurança”.
Em seu perfil no Facebook, o dirigente explica que o distrito possuía quatro tendas da PM, com viaturas, mas o aparato foi reduzido pela metade, que a guarda municipal foi retirada há um ano do comércio e as câmeras prometidas até hoje não foram instaladas. Além disso, ele conta que a Cavalaria só percorre a Avenida Thiago Ferreira. “O policial militar tem medo de caminhar no comércio”, afirma.
Outros comerciantes “Fui assaltado 54 vezes. Delinquentes entram constantemente em meu estabelecimento. As hastes e as correntes que demarcam o estacionamento de minha farmácia foram arrancadas. Meu comércio está todo pichado com as marcas do PCC (Primeiro Comando da Capital). Estamos desamparados”, afirma Antônio Carlos de Morais.
Marisol Rubido foi assaltada quatro vezes, sendo que em três os marginais mostraram as armas. “Ele saiu da loja exibindo a arma! A situação está cada vez mais complicada e as leis só favorecem os marginais. É preciso segurança”, afirma.
Vlamir Martinelli Ramos explica que, além de duas portas de aço, é obrigado a contratar seguranças particulares, que vigiam sua loja dia e noite. “A gente presencia um roubo atrás do outro. Nosso dia a dia é insuportável. Pedimos segurança e ela nunca chega. Não dá mais para aguentar”.
Polícia intimidada
É corrente nas redes sociais que o Comando da PM estaria proibindo que viaturas realizem patrulhamento em áreas periféricas da Cidade. O motivo seria o de evitar confronto entre policiais e marginais, que dominam o tráfico de drogas nas regiões carentes.
O Diário do Litoral tentou obter uma posição do comando da polícia sobre a atitude do dirigente sindical. No entanto, até às 18 horas, horário de fechamento da Reportagem, nenhuma resposta foi encaminhada.
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