Loja vende produtos variados na avenida José Batista Campos, há mais de 40 anos, em Itanhaém / Nayara Martins/DL
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Celda Abreu Ferreira Oliveira, de 93 anos, é uma das primeiras empreendedoras no bairro Cidade Anchieta, em Itanhaém.
Bastante conhecida como dona Celda, a sua loja é referência desde 1980, há 44 anos,e oferece um pouco de tudo aos clientes da Cidade.
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Nascida em Portugal, dona Celda conta a sua história,como chegou ao Brasil e começou a atuar no comércio. Em Portugal, ela trabalhou em escritório de contabilidade.
Ela chegou de Portugal e veio morar no Brasil com o marido e duas filhas, no ano de 1950.A intenção era montar algum comércio.
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“Já tinha vendido uma casa na cidade de Sintra, em Portugal, e fui morar em Santo André, na região do ABC, onde montamos uma mercearia. Tivemos outros comércios em São Vicente e em Santos, na Baixada Santista”, explica.
A família veio morar em Itanhaém no ano de 1980, onde comprou uma casa e montou uma loja de roupas e utilidades domésticas, na garagem, no bairro Cidade Anchieta.
Dona Celdaacabou mudando o ramo do seu comércio, em 1989, já que a sua filha Lurdes decidiu montar uma loja de roupas e calçados, na avenida José Batista Campos. Mas ela e sua filha sempre trabalharam juntas no comércio.
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A loja Celdafoi o primeiro comércio no ramo no inícioda década de 80, no bairro Cidade Anchieta.
“No bairro havia apenas um barzinho da dona Elisa, mãe da ex-diretora de escola Cacilda. Ela avisou os meus avós que o comércio talvez não fosse prosperar, pois era um bairro de moradores pobres”, explica o neto Marco Brandão.
Hoje, o neto Marco Brandão é quem está à frente da lojaCelda.Lásão vendidos diversos produtos, como hidráulica, elétrica, tintas, ferramentas, antenas, presentes, material escolar, produtos de limpeza, utilidades do lar, higiene, brinquedos, eletrônicos e informática.
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A loja tem clientes que compram no estabelecimentohá 44 anos. Ainda tem algumas pessoas que anotam as despesas na caderneta e pagam por mês.
“Temos clientes muito antigos e fieis.Nesta semana, ainda vieram uns cinco que há tempos não os via”, conta dona Celda.
“Antigamentehavia alguns clientes que eram difíceis para pagar, mas sempre tivemos boa clientela. A loja deu certo e conseguimos manter até os dias de hoje”, frisa.
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Dona Celdalembra que um dos maiores desafios na loja foi conseguir manter as contas em dia e os funcionários. Hoje,o comércio tem 12 funcionários.
Cita ainda a concorrência,pois abriram muitas lojas no bairro, além das vendas online via internet.
“O que faz a diferença na loja é o bom atendimento ao cliente. Nosso slogam é “Servir bem para servir sempre”, destaca Marco.
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Outro grande desafio foi o período da pandemia, com a Covid-19. Dona Celda teve que se afastar da loja nesse período.Mesmo assim, elapegou o vírus, mas conseguiu se recuperar.
Hoje, a comercianteficana loja dois diaspor semana.Apesar dos seus 93 anos, ela aindarealiza os pagamentos aos funcionários e faz as contas de cabeça.
“Gosto muito de fazer crochê, já fiz muitas colchas e enxovais de bebê para doar às entidades da Cidade. Também faço palavras cruzadas para ativar a memória”, conta.
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Ela pretende ir caminhar na orla praia,pois quer levar sua cachorrinha para passear. Tem três netos e seis bisnetos.
A comercianteaconselha os novos empreendedores que desejam abrir um comércio.
“Se o empreendedor tiver algum dinheiro é bom, mas caso contrário, está muito difícil.O segredo é o trabalho, perseverar e nunca desistir dos seus sonhos”, conclui.
Dona Celda ganhou,em novembro, o 1º Prêmio “Alice da Cunha Salgado”, oferecido pela Associação Comercial de Itanhaém em homenagem às mulheres empreendedoras.
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A loja Celda funciona todos os dias, no horário das 8 às 18 horas, na avenida José Batista Campos, 773, no bairro Cidade Anchieta, em Itanhaém.