Cotidiano

Começa a dragagem do Rio São Jorge na Zona Noroeste de Santos

Segunda etapa do programa tem prazo de conclusão de 18 meses. O prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa acompanhou as obras na manhã de ontem

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 30/04/2014 às 20:43

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O programa de macrodrenagem Santos Novos Tempos que visa o fim das enchentes na Zona Noroeste de Santos avança mais uma etapa. Começou ontem a dragagem do Rio São Jorge, no Bom Retiro, na região conhecida como Mangue Seco. Os trabalhos devem ser concluídos em um ano e meio. O prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa acompanhou as obras na manhã de ontem.

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Serão retirados 165 mil m³ de sedimentos do rio, equivalentes a 66 piscinas olímpicas em 3 mil metros de extensão, entre a foz do canal da Rua Roberto Molina Cintra e a confluência dos rios dos Bugres e Casqueiro. O material recolhido será tratado e drenado para recipientes em geotêxtil, para evitar possíveis contaminações.

Para melhorar o escoamento das águas, a profundidade do rio será ampliada de 40cm para 3 metros. A execução será realizada em 18 meses pela empresa Submar, vencedora de licitação, com apoio da empresa Allonda, no valor de R$ 16,4 milhões.

“A dragagem do Rio São Jorge contribui para a fluidez das águas. Estamos instalando um sistema de bombeamento, estações elevatórias e comportas modernas”, anunciou o prefeito.

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Paulo Alexandre explicou que o programa de macrodrenagem da Zona Noroeste tem três fases.A primeira fase contempla obras nos bairros do Saboó, Rádio Clube e Castelo, que já começaram e devem ser concluídas no primeiro semestre de 2017.  

“Após a dragagem, esta área será devolvida à comunidade. Temos uma proposta de abertura de viário e projetos habitacionais”, disse o prefeito no Mangue Seco.

A profundidade do rio será ampliada de 40 centímetros para 3 metros (Foto: Luiz Torres/DL)

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Paulo Alexandre adiantou que segue em andamento o edital de pré-qualificação da segunda fase de macrodrenagem, lançado pela Prefeitura em fevereiro, para acabar com os alagamentos. Nessa fase, serão beneficiados moradores dos bairros São Jorge, Caneleira e Chico de Paula, especificamente da Vila Alemoa, e Avenida Nossa Senhora de Fátima. Será construído um reservatório de contenção, espécie de piscinão, que armazenará 149 milhões de litros de água, três estações elevatórias, duas comportas, galerias e uma caixa de captação. O custo do empreendimento será de R$ 306 milhões, sendo R$ 180 milhões do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) Drenagem e R$126 milhões da Prefeitura. As obras estão previstas para iniciar no segundo semestre, com execução em 36 meses, a partir da assinatura do contrato.

O prefeito destacou que as duas primeiras fases do programa somam investimentos de R$ 500 milhões. “Meio bilhão de reais é o maior investimento da história da Zona Noroeste. Essa obra vai contribuir para que a gente possa solucionar um antigo problema que tanto aflige a comunidade que é a questão dos alagamentos das enchentes nas residências”.

O prefeito adiantou que está buscando recursos para a terceira fase do programa. “Ontem (terça-feira), eu estive em Brasília, também tratando dessas parcerias para avançar para a terceira fase”, afirmou.

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Paulo Alexandre explicou que o programa completo contempla uma série de ações integradas. “Nós estamos vinculando obras de drenagem, macrodrenagem, habitação (1.120 unidades no Tancredo Neves) e qualificação profissional”. O prefeito disse que ao todo devem ser entregues 2 mil moradias, com base em análise das áreas remanescentes.

Concluindo, o prefeito estima que o programa de macrodrenagem beneficiará cerca de 100 mil pessoas da Zona Noroeste. “É uma solução definitiva para esse problema, mas não é uma solução imediata. É uma obra de longo prazo”, concluiu.

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