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O Corpo de Bombeiros ainda tenta conter o incêndio de grandes proporções que atingiu tanques de álcool e gasolina da empresa Ultracargo, na área de retroporto da Alemoa, em Santos. A previsão é de que o combate às chamas leve até quatro dias. “A estrutura dos tanques atingidos pelo fogo foi severamente afetada, o que torna mais complexa a operação de contenção do incêndio”, informou a empresa.
Ainda não foi confirmado o número exato de tanques atingidos. No entanto, a Polícia Militar, em nota nas redes sociais, informou que seis dos 50 tanques da indústria foram atingidos pelo fogo, que começou por volta das 10 horas. Ainda pela manhã, explosões sequenciais foram ouvidas por pedestres na entrada da Cidade.
80 homens do Corpo de Bombeiro e 35 viaturas – sendo oito de São Paulo - trabalham na contenção das chamas, além de viaturas do Samu, Defesa Civil, Sabesp, Polícia Militar e da Brigada de Incêndio da Guarda Portuária. A embarcação Governador Fleury, destinada a combater incêndios no Porto, ajuda nos trabalhos, bombeando água do mar para os caminhões. O trabalho de esfriamento também é feito no pátio da empresa Stolt, que fica ao lado.
A área industrial passou toda a quinta-feira em estado de emergência com grande risco de explosão. No fim da tarde de ontem, após anunciar que o incêndio estava controlado, os bombeiros tiveram que enfrentar mais duas explosões. A fumaça pode ser vista de vários locais da Baixada Santista.
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Segundo informações obtidas pelo Diário do Litoral, na noite de ontem os tanques da empresa foram abastecidos com cerca de 20 milhões de litros de gasolina. Os primeiros a pegar fogo estavam cheios de óleo.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, em nota no início da noite de ontem, diminuiu o número de tanques atingidos. “Estima-se que quatro tanques, com capacidade de seis mil metros cúbicos cada, contendo álcool, gasolina e diesel, foram consumidos pelas chamas. O motivo do acidente não foi detectado até o momento”, informa a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
O combate ao fogo continua. Os técnicos da companhia monitoram os componentes orgânicos voláteis, estocados em área externa do parque de tancagem, onde – até então - nada de anormal foi detectado. O trabalho dos bombeiros se concentra em resfriar os tanques ao lado, que contém produtos químicos, como amônia e ácido sulfúrico. “A prioridade é manter a segurança na área e da população residente no entorno”, salienta a Cetesb.
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Ainda segundo a companhia, a água residuária do combate às chamas, aparentemente, não apresenta contaminação. A nuvem de fumaça é alta e se dirige, em função dos ventos, para região das matas. A Cetesb garante ainda que “no momento, não existe a possibilidade de ocorrência de chuva ácida”.
Pessoas atingidas
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Segundo a Prefeitura de Santos, 15 funcionários da Ultracargo, que é uma das maiores empresas de tonéis líquidos do País, foram encaminhados ao hospital, por superaquecimento. No Pronto Socorro Central de Santos (PS Central), três pessoas foram atendidas com crise nervosa, medicadas e liberadas.
Acesso ao Porto bloqueado
A Rodovia Anchieta se manteve toda a quinta-feira com tráfego congestionado do km 60 ao km 65, na chegada a Santos, reflexo do incêndio ocorrido. Desde às 10 horas, o acesso ao porto de Santos permanece fechado. A Avenida Augusto Barata, conhecida como Retão da Alemoa, utilizada para entrada e saída de caminhões no Porto de Santos foi bloqueada pela Codesp como medida de segurança. A entrada do Porto foi desviada para o Centro da Cidade e a saída pela Rua Senador Cristiano Otoni.
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A Rodovia dos Imigrantes também permaneceu congestionada durante todo o dia - do km 59 ao km 65, na chegada a São Vicente - e tráfego intenso do km 40 ao km 43, sentido Litoral, ambos por excesso de veículos. O tráfego só foi normalizado por volta das 21 horas de ontem.
O SAI está em Operação Descida 7x3, por conta do feriado da Semana Santa. Para a descida, os motoristas utilizam as duas pistas da via Anchieta e a sul da Imigrantes. Já a subida é realizada pela pista norte da rodovia dos Imigrantes.
Atividade portuária prejudicada
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Por conta do fogo, cinco navios tiveram de ser retirados do Porto de Santos pela Praticagem e estão na Barra de Santos aguardando autorização para retornar. Segundo a Codesp, o Porto de Santos funciona normalmente e somente a operação na área da Alemoa foi interrompida.
Turismo
A dificuldade de se chegar a Santos por conta do incêndio provocou alteração no check-in dos passageiros do MS Empress, da Pulmmantur. A entrada à embarcação estava marcada para até às 15h30, mas o Concais decidiu esticar o horário de entrada no navio até às 17h30.
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Segundo o Concais, 90% dos 1.600 passageiros desse navio são de outras regiões. E até às 15 horas, faltavam 800 passageiros. O navio fará escalas em Ilhabela e Búzios até retornar a Santos na próxima segunda-feira.