Cotidiano

Comando de greve dos professores de SP aumenta pressão ao governador

Categoria lançou a Operação Caça Alckmin, com atos nas cidades que Geraldo Alckmin visitar

Publicado em 26/03/2015 às 10:53

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O comando da greve dos professores de São Paulo lançou a Operação Caça Alckmin, que tem como objetivo enviar educadores em todos os locais onde o governador estiver para pressionar e protocolar documento pedindo a abertura imediata das negociações para buscar, entre outras reivindicações, o aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, com jornada de 20 horas semanais de trabalho.

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A greve foi iniciada no último dia 13 e a informação foi confirmada ontem, em frente à Diretoria de Ensino de São Vicente (Rua João Ramalho, 378), às 15 horas, onde dezenas de professores participaram de um dos atos regionais organizados pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Com faixas e cartazes em mãos, os educadores gritavam “Geraldo (Alckmin), a culpa é sua, a greve continua”.

Hoje, os professores seguem em passeata em Santos, a partir da Praça das Bandeiras, no Gonzaga. Os educadores seguirão pelas avenidas Ana Costa, Euclides da Cunha e se concentrarão na porta da Escola Estadual Marquês de São Vicente, na Avenida Bernardino de Campos (Canal 2).

O professor e conselheiro da Apeoesp, Carlos Alberto Gomes Niesgo, um dos organizadores do ato, disse que a Operação não dará trégua ao governador. “Onde ele for, um grupo estará tentando sensibilizá-lo com relação à Educação no Estado de São Paulo”, revelou, alertando que quase 160 mil professores já aderiram à greve, que representa quase 70% dos 230 mil educadores da rede.

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Na Região, Niesgo afirma que somente parte das escolas está sem aula, mas que esse é um processo natural porque a adesão deverá ocorrer durante o transcorrer do movimento. “A rede regional tem cinco mil professores e acreditamos que 3.500 já estão parados. Não podemos concordar mais com um salário de R$ 2.422,00 no estado mais rico da Federação”, completa.

O professor Abssolom Soares da Silva, conselheiro estadual da Apeoesp, diz que foi emitido um memorando interno do Governo visando impedir que os comandos de greve entrem nas escolas. “Não adianta pressionar, a greve vai continuar”, garante Abssolom.

A coordenadora da Apeoesp na Baixada Santista, professora Célia Amado mostrou um documento em que pede à Direção Regional de Ensino adesão ao movimento grevista. “Queremos que seja enviado ao secretário estadual da Educação um pedido de atendimento às reivindicações da categoria”, finaliza.

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Professores fizeram manifestação na cidade de São Vicente; hoje, a mobilização será realizada em Santos (Foto: Matheus Tagé/DL)

Estado

A Secretaria da Educação do Estado informa que apesar de considerar legítimo o direito à manifestação, tem compromisso com a qualidade do ensino. Por isso, orienta que todos os estudantes da rede estadual compareçam normalmente às escolas.

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Informa que o registro de faltas de professores em todo o Estado corresponde à média diária de ausências nas escolas. Todas as ausências pontuais são substituídas pelo quadro de professores eventuais.

E finaliza ressaltando que foi em conjunto com os servidores que a Secretaria materializou um plano de carreira que estabeleceu aumento acumulativo de 45% em quatro anos e alçou o piso salarial paulista a patamar 26% maior do que o nacional.

“Os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus alunos”, finaliza a nota.

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Principais reivindicações dos professores

• Aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do DIEESE para PEB I com jornada de 20 horas semanais de trabalho.

• Implantação da jornada do piso.

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• Nova forma de contratação dos professores temporários, com garantia de direitos, sem “quarentena” ou “duzentena”.

• Fim do fechamento de classes; imediato desmembramento das salas superlotadas.

• Máximo de 25 alunos por sala desde o primeiro ciclo do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.

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• Garantia de PCPs nas escolas de acordo com a Resolução 75/2013. No mínimo um PCP em cada escola, independente do número de salas.

• Pelo fim da lei das faltas médicas; fim da perseguição aos professores nas perícias médicas.

• Pela aceleração dos processos de aposentadoria.

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• Pela transformação do bônus em reajuste salarial.

• Fim do projeto excludente de escola de tempo integral; por uma educação integrada.

• Fim do assédio moral.

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