Cotidiano

Com seca, reserva do Cantareira volta a cair

No cálculo que leva essa reserva em conta, o nível está em 15,6% do total da capacidade de operação. Isso equivale a um estoque de 197,5 bilhões de litros de água

Publicado em 10/06/2015 às 12:45

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Desde sábado (6) o nível do Sistema Cantareira mantinha-se estável em 20,2%, mas com a continuidade do clima seco o armazenamento caiu para 20,1%. A medição foi feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) sem incluir a atual utilização da reserva técnica, a água que fica abaixo das comportas e que só pode ser retirada por meio de bombeamento.

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No cálculo que leva essa reserva em conta, o nível está em 15,6% do total da capacidade de operação. Isso equivale a um estoque de 197,5 bilhões de litros de água. O deficit está em 9,2% e para atingir a superfície das comportas, o Cantareira precisa captar mais 90 bilhões de litros de água.

Nas últimas 24 horas, o volume de chuva foi quase nulo, de apenas 0,3 milímetros (mm). Nos dez dias de junho, o acumulado atinge 11,3 mm ou 19,3% do esperado para todo o mês que é 58,5 mm.

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), órgão vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o sol, com clima mais seco, predominará até domingo (14). Apenas na segunda-feira (15) deve voltar a ocorrer áreas de instabilidade sobre o estado de São Paulo.

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Desde sábado (6) o nível do Sistema Cantareira mantinha-se estável em 20,2% (Foto: Sabesp)

O manancial do Cantareira recebe água de nascentes localizadas entre o sul de Minas Grais e o norte de São Paulo. Ele já foi o maior fornecedor de água para o abastecimento na região metropolitana de São Paulo com o atendimento de 9 milhões de pessoas até 2014. Atualmente, esse número caiu para 5,2 milhões.

A diminuição foi gradativa e os consumidores que deixaram de receber água do Cantareira, um total de 200 mil, passaram a ser abastecidos pelo Sistema Rio Claro. Essa transferência ocorreu, no dia 2 de junho, com a interligação de adutoras na Vila Ema, zona leste da capital,que agora distribuem água para os bairros da Mooca, de São Mateus, Vila Formosa, da Vila Alpina e de Sapopemba.

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O nível do Sistema Rio Claro também teve baixa entre ontem (9) e hoje (10), passando de 55,2% para 54,7%. Houve queda em todos os mananciais restantes e além do Cantareira, o que tem o menor volume é o Alto Tietê , onde o nível recuou de 21,5% para 21,3%. No Alto Cotia , a taxa de armazenamento caiu de 66,4% para 66,2%; no Guarapiranga, de 78,3% para 78% e no Rio Grande, de 91,4% para 91,2%.

Outra medida adotada para aliviar a demanda do Cantareira é a extensão da capacidade de operação do Guarapiranga. Para isso começaram a ser instaladas, na segunda-feira (8) membranas ultrafiltrantes na obra de ampliação da Estação de Água do Alto da Boa Vista.

Ao acompanhar o início dos testes, o governador Geraldo Alckmin informou que a tecnologia de ponta diminui o tratamento químico da água e aumentará a capacidade de produção em 0,5 metros cúbicos por segundo. Isso é suficiente para abastecer entre 300 mil a 400 mil pessoas. Esse recurso tecnológico foi importado da Alemanha, custou R$ 42 milhões, e já é utilizado em países como os Estados Unidos, Israel e Cingapura.

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