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A companhia aérea Air France informou hoje (28) que pretende regressar à normalidade "progressivamente" a partir de terça-feira, depois de o principal sindicato dos pilotos ter anunciado o fim da greve, que durava duas semanas. Em comunicado, a Air France justifica que precisa cumprir requisitos "operacionais" e que os aviões precisam passar por uma série de verificações obrigatórias antes de voltar a voar.
Hoje, a greve levou ao cancelamento de 55% dos voos previstos e, para amanhã (29), a companhia prevê a suspensão de 51%. A empresa lamentou que, "apesar de longas conversações desde o início do conflito", no dia 15, e de alguns "avanços", não se tenha chegado a acordo com os sindicatos dos pilotos.
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Na origem dos desentendimentos estão os projetos do grupo para desenvolver a sua filial de baixo custo Transavia com regras laborais diferentes das da Air France. Apesar do fim do protesto, os sindicatos dos pilotos não conseguiram fazer com que a administração da companhia aérea, apoiada pelo governo, cedesse à reivindicação de um contrato único para todos os pilotos da Air France e suas filiais, incluindo a Transavia, mantendo as vantagens do seu estatuto atual. Os pilotos da Air France receiam que a expansão da companhia de baixo custo leve a uma deterioração das suas condições de trabalho.
Hoje, o SNPL, o principal sindicato dos pilotos, anunciou o fim da paralisação, após o fracasso de mais uma rodada de negociações. Os representantes dos pilotos querem agora "continuar as conversações num ambiente de maior serenidade".
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O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, comemorou o fim de “uma greve demasiado longa", considerando também que o protesto era "incompreensível" e "prejudicava os usuários, a empresa e a economia do país". Para Valls, que apelou em diversas ocasiões para o fim da greve, a "firmeza do governo permitiu reafirmar a estratégia de desenvolvimento da empresa". O Estado francês é acionista de quase 16% do grupo Air France-KLM.
A greve da Air France foi a mais longa desde 1998 e, segundo a administração, os prejuízos podem ter chegado a 20 milhões de euros por dia.
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