Cotidiano

Com chuvas inferiores a 2014, nível de represas de SP cai pelo 9º dia seguido

Neste ano, tem chovido ainda menos do que em 2014 - ano considerado pelo governo do Estado como o mais seco da história

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 10/08/2015 às 13:25

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O nível de todos os principais sistemas de São Paulo entrou em queda livre desde o início do mês de agosto. Nesta segunda-feira 10, os mananciais chegaram ao nono dia consecutivo só com perda de volume armazenado de água, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

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Neste ano, tem chovido ainda menos do que em 2014 - ano considerado pelo governo do Estado como o mais seco da história. Nos primeiros dez dias de agosto, a soma da pluviometria nas regiões de todos os seis mananciais é de apenas 3,3 milímetros. No mesmo período do ano passado, havia chovido 74,2 mm - ou seja cerca de 22 vezes a mais.

Considerado o principal do Estado, o Sistema Cantareira chegou a 17,8% da capacidade, de acordo com índice tradicionalmente divulgado pela Sabesp, que considera dois volumes mortos. No dia anterior, o nível estava em 17,9%. Em agosto, choveu apenas 0,8 mm sobre o manancial, enquanto o volume esperado para o mês inteiro é de 34,4 mm.

Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o Cantareira registrou aumento no volume armazenado de água pela última vez no dia 27 de julho, quando subiu de 18,8% para 18,9%. Antes disso, os reservatórios que compõem o sistema já haviam passado um mês sem aumentar o nível de água represada.

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No cálculo negativo, o Cantareira também caiu 0,1 ponto porcentual e está com - 15,2%. Queda semelhante foi registrada no terceiro índice do sistema, que aponta o manancial com 13,7%, contra 13,8% no dia anterior.

O nível de todos os principais sistemas de São Paulo entrou em queda livre desde o início do mês de agosto (Foto: Vagner Campos/A2 Fotografia)

Outros mananciais

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Atualmente responsável por atender o maior número de habitantes de São Paulo (5,8 milhões), o Guarapiranga ainda não recebeu chuva neste mês. O manancial completou duas semanas de quedas consecutivas nesta segunda. Ele opera com 73,5% da capacidade - 0,3 ponto porcentual a menos do que no dia anterior.

Em crise ainda mais severa, o Alto Tietê chegou à sua 12ª baixa. O manancial contabiliza 16,9% do volume armazenado, já considerando 39,4 bilhões de litros de água de uma cota de volume morto. No dia anterior, o índice era de 17%.

O Sistema Rio Claro foi o que sofreu a maior variação negativa, caindo 0,5 ponto porcentual. Com a baixa, o manancial passou de 68,5% para 68%. Em agosto, a pluviometria acumulada é de apenas 0,8 mm. No ano passado, já havia chovido 61,8 mm.

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Já os Sistemas Rio Grande e Alto Cotia caíram 0,2 ponto porcentual e operam com 86,6% e 58,6%, respectivamente.

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