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Enquanto centenas de colombianos fogem da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro anunciou na noite de terça-feira (25) que fará um censo nos seis municípios que fazem fronteira com a Colômbia.
A região está desde sexta (21) sob estado de exceção convocado para combater o contrabando e grupos paramilitares. Os milicianos são apontados como os autores de um ataque que feriu três pessoas na quarta-feira passada e levou ao fechamento da divisa.
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"Vamos determinar tudo, para saber quem vive ali, quem é dono, onde estão os armazéns", disse o líder venezuelano, em seu programa semanal "Em contato com Maduro".
Previamente, o vice-presidente Jorge Arreaza afirmou que o censo tem como um dos objetivos aferir os setores produtivos e comerciais para saber quem mora na região, incluindo os colombianos, e a "legalidade de todos os processos".
Até terça, 1.113 colombianos foram forçados a abandonar o pouco que construíram em anos na Venezuela, sem saber que futuro lhes espera em seu próprio país. Destes, 241 são crianças e adolescentes.
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Nesta quarta (26), continuou o êxodo dos colombianos de volta a seu país. Centenas de pessoas tentam atravessar o rio Táchira, que divide os dois países, levando móveis, eletrodomésticos e outros pertences.
Estas pessoas se somam a outros que foram deportados, mas que tentam recuperar seus bens, aproveitando a vigilância reduzida da Guarda Nacional Bolivariana e a assistência da polícia colombiana.
Para tentar fazer frente à chegada em massa de seus cidadãos, a Colômbia montou abrigos em ginásios de Cúcuta. Neles, eles são recebidos por funcionários da Cruz Vermelha, que entregam comida e remédios.
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Na chegada a Cúcuta, muitos colombianos reclamam da ação truculenta das forças de segurança de Caracas e da hostilidade dos moradores da cidade, alguns deles seus vizinhos por muitos anos.
Negociação
A crise humanitária na região se agrava pouco antes da reunião entre as chanceleres colombianas, María Ángela Holguín, e venezuelana, Delcy Rodríguez, em Cartagena para tentar resolver a crise na fronteira.
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As duas tentarão amenizar o clima de animosidade entre os dois países. Na noite de terça, Nicolás Maduro criticou o colega colombiano, Juan Manuel Santos, por ter pedido respeito aos colombianos.
"O presidente Santos se atreveu hoje a pedir respeito aos colombianos. Quem desrespeita os colombianos? Os que expulsam de seu país, não dão casas, trabalho, educação ou os venezuelanos que temos 5,6 milhões aqui, e aqui estudam, trabalham, amam e moram conosco?".
A declaração foi uma resposta a Santos, que pediu firmeza e prudência na resolução da crise, privilegiando o diálogo e as vias diplomáticas.
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"Invadir as casas, tirar os habitantes à força, separar as famílias, não deixar tirar seus poucos bens e marcar as casas para demoli-las são procedimentos inaceitáveis e lembram episódios amargos da humanidade que não podem ser repetir."
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