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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram nesta quarta-feira um cessar-fogo por tempo indeterminado, contanto que unidades militares do governo colombiano não ataquem os rebeldes. A media começa a valer a partir da meia noite do dia 20 de dezembro.
Em um comunicado publicado em sua página do Twitter, o grupo guerrilheiro disse que resolveu "declarar um cessar-fogo unilateral e às hostilidades por tempo indeterminado, que deve ser transformado em armistício".
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As FARC e o governo do presidente Juan Manuel Santos encerraram nesta quarta-feira um ciclo de negociações de paz para acabar com mais de 50 anos de hostilidade, que começaram em novembro de 2012. As conversas serão retomadas em janeiro.
O grupo guerrilheiro afirmou que pretende contar com a supervisão da União de Nações sul-americanas (Unasur), da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CIRC) e da Frente Ampla para a Paz. "Esse cessar-fogo unilateral, que desejamos que seja prolongado ao longo do tempo, será encerrado somente caso se verificar que as nossas estruturas de guerrilha foram alvejadas pela força pública", afirmou as Farc.
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No comunicado, o comando da organização guerrilheira também indicou que "essa decisão está sendo comunicada formalmente ao governo da Colômbia, às embaixadas e missões diplomáticas ao nosso alcance". A decisão foi informada à Organização das Nações Unidas (ONU), União Europeia, ao CIRC, ao Vaticano e aos blocos regionais da América Latina.
Na avaliação do senador colombiano Iván Cepeda, defensor das negociações entre o governo e os guerrilheiros, esse é "um grande anúncio" porque mostra que "o processo de paz é muito sério". Ele afirmou que estão enganados os que sempre dizem que o processo em Havana (onde acontecem as negociações) é "uma piada" ou que o governo e os guerrilheiros não mostram
seriedade. Ele alertou que é muito importante que o cessar-fogo seja verificado e que não seja mera especulação.
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O senador José Obdulio Gaviria, por sua vez, aliado do ex-presidente colombiano Alvaro Uribe e crítico do processo de paz, disse que as Farc não tem plano se desmobilizar e, segundo ele, querem apenas um breve descanso.
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