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O Ministério da Defesa da Colômbia denunciou hoje (13) a invasão do espaço aéreo do país por dois aviões militares da Venezuela na região da Alta Guajira, na fronteira. A invasão, segundo os colombianos, se deu na tarde de ontem (12), mesmo dia em que as chanceleres dos dois países se reuniram no Equador para negociar o fim da crise de fronteira.
“O Ministério da Defesa informa que na tarde de sábado, 12 de setembro de 2015, o sistema de defesa aérea da Força Aérea Colombiana pôde detectar a entrada em território colombiano de duas aeronaves militares venezuelanas na zona de Alta Guajira”, diz o comunicado divulgado pelo governo de Juan Manuel Santos.
A denúncia foi encaminhada ao Ministério de Relações Exteriores da Colômbia para que a chancelaria cobre explicações da Venezuela.
De acordo com a nota do Ministério da Defesa, “inicialmente, as duas aeronaves militares venezuelanas entraram 2,9 quilômetros dentro do espaço aéreo colombiano, sobrevoando a zona de Majayura e perdendo-se rapidamente em direção a Castilletes”.
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Em seguida, os dois aviões sobrevoaram uma unidade militar do Exército colombiano na região de La Flor, “entrando em território colombiano cerca de 2,7 quilômetros, saindo velozmente novamente em direção a Castilletes”, segundo o comunicado.
No Equador, as chanceleres da Venezuela, Delcy Rodrígues, e da Colômbia, María Ángela Holguín, se reuniram por mais de quatro horas. No final, os dois países emitiram uma declaração conjunta em que destacaram avanços nas negociações e anunciaram que o próximo passo será uma reunião entre os presidentes Nicolás Maduro e Juan Manuel Santos, mas sem definir a data do encontro.
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A Venezuela acusa a Colômbia de não controlar a entrada ilegal de produtos venezuelanos subsidiados, entre eles derivados de petróleo, no mercado colombiano. O governo de Maduro estima que cerca de 100 mil barris entram diariamente na Colômbia por contrabando, o que gera perdas de US$ 3,5 milhões.
A situação na fronteira se agravou depois que três militares venezuelanos ficaram feridos em um incidente em San Antonio del Táchira, no sudeste do país, e Maduro decidiu fechar a fronteira com a Colômbia em alguns postos e a deportar colombianos que viviam no lado venezuelano.
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