Fachada da UME Colégio Santista aponta indícios que situação interna também é preocupante / Nair Bueno/DL
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Uma defasagem de pelo menos 15 profissionais da educação e 727 alunos, distribuídos em 27 salas de aula em período integral, estudando em ambiente insalubre. Essa é a situação da Unidade Municipal de Ensino (UME) Colégio Santista. A denúncia é do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), responsável por uma carta aberta para pais e responsáveis e por uma manifestação em frente à unidade, localizada à Rua Sete de Setembro, 34 - Vila Nova.
Segundo os diretores do Sindserv, Cássio Canhoto e Teresa Borges, atualmente seria necessário mais quatro inspetores de alunos, três oficiais de administração, dois cozinheiros, um secretário de unidade, um orientador educacional e, principalmente, mais quatro professores adjuntos (substitutos).
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Além da falta de funcionários, os sindicalistas revelam diversos transtornos causados pela construção do prédio do parque tecnológico ao lado, como barulho excessivo, pó e outros. Há ainda a falta de manutenção predial básica para resolver desde problemas simples até os graves como de infiltrações no prédio. Ontem, a Reportagem foi impedida de entrar, mas pode detectar ferragens expostas já na fachada do imóvel.
O Sindserv disse ontem que há meses vem mostrando a situação à Secretária de Educação. A Direção da escola, que ontem preferiu não falar com o Diário por medo de represálias, também já teria requisitado por diversas vezes providências para resolver as questões.
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Teresa revela que a falta da funcionários na Educação e em outras áreas já é crônica. "Faltam equipes técnicas fixas. Chamaram 57 professores, mas esse montante não supre a rede. Se por fora o prédio já apresenta problemas estruturais, você imagina por dentro", afirma a dirigente, alertando que a própria Secretaria de Educação (Seduc) reconhece o problema, mas não apresenta solução.
Canhoto ressalta que a construção do parque tecnológico ao lado da UME não levou em conta as atividades escolares. "É ruído, poeira e muita sujeira, causando grande desconforto a funcionários, professores e alunos. O Governo já foi notificado e aqui no Santista chegou-se ao ponto de inspetores de alunos terem que cuidar das crianças dentro das salas. Tudo ao contrário do que prega a pedagogia. A cada três salas de aula é preciso um professor adjunto. Aqui, precisamos de pelos menos mais quatro. Os efetivos estão proibidos de fazer curso porque não têm substituto", afirma o sindicalista. Os dirigentes alertam que existe muitos professores trabalhando fora da sala de aula, no setor administrativo e em gabinetes, que poderiam estar suprindo as vagas.
Prefeitura
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A Seduc afirma que a atual equipe que atua na referida escola consegue atender todas as demandas da unidade. Para melhorar o atendimento e suprir a eventual carência, vão ser chamados, após realização do concurso público em andamento, um secretário de unidade escolar e dois inspetores de alunos.
Revela que todas as lâmpadas LED nas salas aula estão funcionando, bem como a parte hidráulica. Outros serviços de zeladoria também foram realizados pela equipe da Subprefeitura do Centro e não há mais infiltrações. Um representante da equipe de manutenção esteve no local ontem e não verificou nada de irregular. (Carlos Ratton)
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