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Os intensos congestionamentos provocados por caminhões no Sistema Anchieta Imigrantes (SAI), nos últimos dias, foram os principais itens da pauta da reunião semanal da Codesp, realizada ontem. A situação se repetiu ontem pela manhã. Por volta das 6 horas formou-se um engarrafamento de até oito quilômetros na altura do km 47 da pista sul da Via Anchieta que se estendeu para o entroncamento com a Rodovia Cônego Domenico Rangoni (antiga Piaçaguera-Guarujá), e no pólo industrial de Cubatão. Ontem, os congestionamentos prejudicaram também o turno dos trabalhadores da Cosipa que não conseguiam chegar ao trabalho. Os transtornos duraram cerca de quatro horas, no SAI.
Participaram da reunião representantes da Alfândega, Ecovias, Polícia Militar, de operadoras e terminais portuários. O excesso de carretas que não conseguiram descarregar no Terminal 39, da Caramuru, e que provocou intenso congestionamento na altura do pólo industrial de Cubatão na terça e na quarta-feira, foi questionado por representantes da Companhia Municipal de Trânsito de Cubatão e da Codesp. Em vez de 200, teriam descido 400 carretas para descarregar granel no terminal. O excesso de frota foi negado pelos representantes da Caramuru que justificaram os transtornos com o atraso na liberação de um navio pela Alfândega, para atracar no cais.
O diretor de Infra-estrutura da Codesp, Arnaldo de Oliveira Barreto, disse que é preciso minimizar transtornos como esses alertando as autoridades competentes “quando a situação sair fora do controle”. “Houve principalmente falha na comunicação. Porque se nós tivéssemos sido avisados, teríamos tomado providências com o auxílio da Polícia Militar e Rodoviária para minimizar o impacto no trânsito”. Barreto disse que um ofício será encaminhado à Caramuru advertindo sobre os problemas causados. Circulam diariamente no SAI, cerca de 12 mil carretas. Nos últimos dias, o número extrapolou as vagas existentes no pátio regulador de Cubatão.
Perimetral
A construtora OAS ameaça paralisar as obras da construção da perimetral da margem direita do porto (Santos) na próxima semana, devido ao atraso no pagamento de três prestações pela Codesp. Os trabalhos iniciaram há dois meses e desde então a empresa não é paga. O diretor de Infra-Estrutura, Arnaldo de Oliveira Barreto, disse que o repasse não é responsabilidade da Autoridade Portuária, e que aguarda a liberação de R$ 41 milhões do Governo Federal para então repassar à construtora R$ 1,8 milhão referente as parcelas pendentes. O contrato firmado com a OAS é no valor de R$ 55 milhões.
Secretaria de Portos
Barreto afirmou que está otimista com a criação da Secretaria Nacional de Portos, mas declarou que desconhece qual será o futuro dos atuais diretores da Codesp. Com a posse do ministro de Portos Pedro Brito a diretoria da Codesp deverá ser renovada. O ministro visitará o porto de Santos na semana que vem, porém, a data ainda não foi divulgada.
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