Cotidiano

Coalizão liderada por EUA pede que Rússia pare ataques a rebeldes sírios

O Ministério da Defesa russo disse nesta sexta que uma nova onda de 18 ataques aéreos atingiu alvos do EI nas regiões de Aleppo, Idlib e Hama

Publicado em 02/10/2015 às 13:22

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A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos de combate à facção radical Estado Islâmico (EI) pediu nesta sexta-feira (2) que a Rússia pare de atacar na Síria a oposição ao regime do ditador Bashar al-Assad e concentre seus esforços em enfraquecer o EI.

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Em comunicado, os governos de EUA, França, Turquia, Qatar, Arábia Saudita e Reino Unido afirmam que as ações militares russas na Síria levarão à escalada da guerra civil e "apenas alimentarão mais extremismo e radicalização".

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O Ministério da Defesa russo disse nesta sexta que uma nova onda de 18 ataques aéreos atingiu alvos do EI nas regiões de Aleppo, Idlib e Hama.

A Rússia mudou o panorama da guerra civil na Síria ao iniciar nesta quarta-feira (30) uma campanha de ataques aéreos em favor do regime de Assad. A intervenção aérea criou um risco de choque com a coalizão liderada pelos EUA, que realiza desde 2014 ataques contra o EI na Síria e no Iraque.

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O chefe da comissão das Relações Exteriores da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia, Alexei Pushkov, afirmou nesta sexta-feira que os bombardeios de seu país na Síria vão durar "três ou quatro meses", mas reconheceu que existe "um risco de estagnação" da operação caso os ataques não sejam eficazes.

Os presidentes de Rússia e França, respectivamente Vladimir Putin e François Holande, reuniram-se nesta sexta-feira em Paris por 1 hora e 15 minutos para discutir as condições para uma operação conjunta contra o EI na Síria.

As condições impostas pela França para agir junto à Rússia na Síria são restringir os ataques ao EI e à frente Al-Nusra, ligada à Al-Qaeda, garantir a segurança da população civil e pôr em prática uma transição política que leve à deposição de Assad, aliado de longa data de Moscou.

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Putin tenta coordenar esforços de combate ao EI e pressiona o Ocidente por uma solução ao conflito sírio que passe pela manutenção de Assad no poder.

Segundo a agência de notícias Reuters, Putin e Hollande tinham uma aparência fria e inflexível após a reunião.

O encontro bilateral se deu antes de uma reunião de Putin e Hollande com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, para discutir a guerra civl no Leste da Ucrânia, outro ponto de atrito entre Moscou e o Ocidente devido ao suposto apoio do Kremlin a separatistas.

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Guerra de informação

Informações fragmentadas sobre os alvos dos bombardeios russos põem em questão os objetivos da ação militar do Kremlin na Síria. A Rússia afirma que iniciou os ataques aéreos para impedir o avanço do terrorismo, enquanto os EUA acusam a Rússia de atingir alvos da oposição para fortalecer o regime de Assad.

Moscou admitiu na quinta-feira que seus bombardeios na Síria, iniciados na véspera a pedido de Assad, têm como alvo vários grupos além do EI, mas negou que seus ataques tenham atingido rebeldes sem ligação com o terrorismo.
Contrariando informações da Rússia, Washington afirma que a Força Aérea russa tem atacado rebeldes de grupos opositores como o Exército Livre da Síria, que foi treinado e equipado pela CIA.

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A guerra civil na Síria já deixou mais de 250 mil mortos e forçou o deslocamento de 11 milhões de pessoas em quatro anos e meio. O EI declarou em agosto de 2014 um califado em áreas da Síria e do Iraque, onde impôs um regime fundamentalista.

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