Cine 3D segue de portas fechadas após dois anos

Há quase dois anos desativado para reformas, o Cine 3D, localizado na Praça 22 de Janeiro, no Centro, em São Vicente, ainda permanece de portas fechadas. A previsão era que as obras tivessem início no segundo semestre do ano passado, no entanto, segundo a Prefeitura, os serviços ainda estão em processo de licitação e sem data para começar.

“Eles vieram aqui no ano passado mediram e disseram que as obras iriam começar, mas agora informaram que precisam fechar a praça para reformar e isso só pode ser feito depois da temporada de verão”, disse uma comerciante, que não quis se identificar. “O movimento caiu bastante. Quando chegamos para trabalhar tem morador de rua deitado. Eles também entram no cine pelo telhado”, destaca.

O prédio que abriga o antigo Cine 3D apresenta buracos nas paredes e no telhado. A Reportagem flagrou uma corda amarrada ao teto, nos fundos do local. Ela seria utilizada por moradores de rua, durante a madrugada, para ter acesso ao interior do equipamento.

Inaugurado em janeiro de 2000, o Cine 3D oferecia programação cultural gratuita a comunidade, com a exibição de filmes e apresentações artísticas. A Administração Municipal interditou o local em janeiro do ano passado devido problemas estruturais como infiltrações no teto e comprometimento da laje.

Vigilância

A Prefeitura de São Vicente informou, por meio de nota, que a Guarda Civil Municipal (GCM), mantém uma equipe durante o dia e realiza rondas durante toda a noite e madrugada. Às sextas, sábados e domingos, o pelotão ROTAM, com motocicletas, faz a vigilância na praça até às duas horas da manhã.

Com relação aos moradores de rua no local, a Administração Municipal informou que a Secretaria de Assistência Social conta com o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), que fica na Avenida Capitão Mor Aguiar, 436, no Parque Bitaru. A nota informa ainda que, na maioria das vezes, o trabalho é de convencimento por meio do serviço de abordagem social.

A Prefeitura esclarece também que o atendimento a moradores de rua de outras cidades inclui a busca de dados como a localização de familiares, vinculação em serviços da rede socioassistencias e intersetoriais dos municípios de origem.