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Três adultos e dois menores acusados de administrar a página "Black Bloc RJ" numa rede social foram presos e indiciados pela Polícia Civil do Rio na manhã desta quarta-feira, 4, pelos crimes de incitação à violência e formação de quadrilha armada. Um dos maiores também foi indiciado por pedofilia, uma vez que foram encontradas imagens de sexo com crianças no computador dele.
As investigações tiveram início em julho, quando a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) instaurou inquérito para apurar a estratégia de manifestação e protesto anarquista. Em 6 de julho, foi publicado na página do grupo um passo a passo de como fabricar um artefato de ação perfurante com múltiplas pontas (com pregos), conhecido como "jacaré" ou "ouriço". De acordo com a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, o objetivo do artefato é ferir pessoas ou furar pneus de automóveis para roubos de carga.
A Justiça expediu nesta terça-feira, 3, mandados de busca e apreensão nas residências de seis acusados, que foram cumpridos nesta manhã. Os agentes estiveram nos bairros do Cachambi e da Abolição, na zona norte da capital fluminense, além de em Niterói, São Gonçalo e Maricá, no Grande Rio. Um dos seis suspeitos não foi localizado porque estaria fora do País. Nas residências dos investigados, os policiais encontraram um "jacaré", uma faca, máscaras de gás e do filme V de Vingança (muito usada em manifestações), luvas, bonés e outras vestimentas pretas (usadas integrantes), além de computadores e celulares.
Em depoimento na DRCI, os cinco detidos teriam confessado serem os administradores da página, de acordo com Martha. "Eles aderem à conduta de convocar pessoas a fazer parte das manifestações e de criar esse instrumento de ação perfurante. Como hoje (esta quarta-feira) foram encontrados um artefato desses e uma faca, a Polícia Civil entende que os cinco integram uma quadrilha armada, que é crime inafiançável. Eles estão presos em flagrante e o caso será encaminhado à Justiça", afirmou.
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