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Em águas geladas e escuras, de 50 a 300 metros de profundidade, cientistas dos Estados Unidos revelaram o primeiro peixe de sangue quente. O estudo, que será publicado nesta sexta-feira, 15, na revista Science, mostra que mamíferos e aves não são os únicos com capacidade de aquecer o sangue, mantendo-o em temperatura superior à do ambiente.
O Lampris guttatus - conhecido como peixe-lua, peixe-papagaio ou peixe-cravo - tem cerca de 1,5 metro e habita oceanos no mundo todo. O sangue quente, segundo os autores, permite que ele nade com mais agilidade, tenha reações mais rápidas e enxergue melhor. Tudo isso o torna predador de alta performance, algo incomum em águas com temperatura em torno de 5°C.
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"Achávamos que se tratava de um peixe com movimentos lentos, como a maior parte dos peixes de ambientes frios, que precisam conservar energia emboscando presas, em vez de caçá-las. Mas, como ele consegue aquecer o próprio corpo, torna-se predador rápido e ágil", disse o principal autor do estudo, Nick Wegner, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA).