Unidade atenderá cerca de 8 mil moradores, especialmente nas áreas mais remotas de Ilhabela / Divulgação/Prefeitura de Ilhabela
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A cidade de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, será pioneira no estado ao implementar uma usina de dessalinização que transformará água do mar em potável. Prevista para entrar em operação em 2026, a unidade atenderá cerca de 8 mil moradores, especialmente nas áreas mais remotas da ilha, aumentando em 22% a oferta de água tratada.
O projeto é uma parceria entre a Sabesp e a prefeitura local, com investimento estimado em R$ 60 milhões. A usina será construída nas margens do Ribeirão Água Branca, onde a água é salobra devido à intersecção entre o mar e a bacia de água doce.
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A tecnologia empregada será a osmose reversa, que utiliza alta pressão para forçar a água salgada a passar por membranas semipermeáveis, removendo sais e impurezas. Após o processo, a água será remineralizada para adequação ao consumo humano.
A usina contará com abastecimento energético híbrido, combinando energia fornecida pela concessionária Neoenergia e painéis fotovoltaicos instalados na planta. A salmoura resultante do processo será direcionada para a rede coletora de esgoto, onde será diluída e tratada, evitando impactos ambientais no oceano.
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Com população fixa de aproximadamente 35 mil habitantes, Ilhabela enfrenta desafios no abastecimento de água, especialmente durante a alta temporada, quando o número de pessoas na ilha pode triplicar. A nova usina visa garantir o fornecimento contínuo de água potável, mesmo nos períodos de maior demanda.
Este projeto coloca Ilhabela - uma das cidades mais românticas do mundo - na vanguarda do uso de tecnologias sustentáveis para o abastecimento de água, seguindo exemplos de locais como Israel, Califórnia e Dubai, que já utilizam a dessalinização para enfrentar a escassez hídrica.