Cotidiano

Cidade do litoral de SP tem serviço de 'teleassistência' para idosos; confira

Cidade conta com quase 500 idosos atendidos

Da Reportagem

Publicado em 22/11/2024 às 21:00

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Santos é pioneira no cuidado com idosos / Pexels

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A cidade de Santos é pioneira no cuidado com a sua população com mais idade. O Programa Televida é responsável por atender diversos idosos santistas

Pioneira no Brasil ao oferecer esse serviço na rede pública de saúde desde 2013, ainda como projeto-piloto, a iniciativa atende atualmente 476 pessoas com mais de 60 anos e com doenças crônicas.

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“Tenho diverticulite e quando a crise vem muito forte, preciso até de ambulância. O atendimento rápido é importante, além de me tratarem muito bem”. Estas são as palavras de Alzira de Carvalho Forjaz, 88 anos, inscrita no Televida desde 2019, e que também é hipertensa. Basta ela acionar um botão de emergência que é socorrida brevemente. Em Santos, mais de 25% da população tem idade igual ou maior que 60 anos.

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Em situação de emergência, basta o idoso acionar um botão preso a uma pulseira ou a um colar e uma central telefônica viva-voz é imediatamente acionada. 

O paciente nem precisa se identificar, pois, ao realizar o chamado, já é identificado pela central, que possui todos os seus dados de saúde, além do histórico de acionamentos, o que facilita bastante o entendimento do problema, torna ainda mais ágil o socorro e impacta diretamente no desfecho dos casos.

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As situações mais comuns são quedas, alteração da pressão arterial, descompensação do diabetes, entre outros fatores associados a doenças crônicas.

O primeiro passo da central telefônica é localizar as pessoas da lista de contatos do paciente: um familiar, vizinho, porteiro do prédio, enfim, alguém que possa acudi-lo o mais breve possível. Importante lembrar que o contato com o idoso é mantido enquanto a situação não se resolve.

Caso a situação seja grave, o Samu é acionado. No entanto, a maior parte dos casos se resolve a partir da chegada de alguém conhecido. Nos últimos 12 meses, foram 1.420 acionamentos, sendo que 86% dos casos foram resolvidos sem necessidade de internações ou intervenções médicas. Além disso, apenas 14% das ocorrências exigiram a atuação do Samu, o que destaca a efetividade do serviço na resolução de incidentes menores e na prevenção de complicações.

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Para a família, o Televida representa segurança, acolhimento e eficácia. Que o diga Maria Rosa Alves da Silva, filha de Alzira. Professora de Língua Portuguesa, passa grande parte do dia em sala de aula, lecionando para alunos do Ensino Médio. Enquanto isso, Alzira permanece em casa, entretida nos afazeres domésticos como cozinhar a própria comida - já que segue dieta rigorosa devido à diverticulite. 

“Mesmo quando acionam a ambulância, a central de atendimento nos questiona se o Samu já chegou, ligam no dia seguinte para saber como a minha mãe está, além das ligações todos os domingos para saber como passou a semana e se precisa de algo”, comenta Maria Rosa.

O secretário de Saúde, Denis Valejo, explica que o Televida extrapola ainda os limites da residência. 

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“Desde 2013, quando ainda era um projeto-piloto com 50 usuários, a adoção da teleassistência se mostrou uma iniciativa eficaz e que traz segurança aos idosos, muitas vezes bastante ativos, e a seus familiares. E isso para além do ambiente doméstico: ao sair à rua, o idoso leva uma pulseira na qual estão gravados os seus dados pessoais, o telefone da central de atendimento e uma senha que deve ser informada para a identificação do usuário do serviço”, destaca o secretário de Saúde de Santos, Denis Valejo.

É necessário cumprir alguns pré-requisitos para ser atendido pelo Televida: ter mais de 60 anos; morar em Santos; morar sozinho ou passar a maior parte do tempo sozinho; ser atendido há pelo menos 6 meses na policlínica; possuir alguma doença cardiovascular (hipertensão, diabetes, entre outras). 

A solicitação para a inscrição no programa é feita na policlínica. Depois, é realizada uma visita domiciliar para validar os dados informados no cadastro.

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O programa não aceita pacientes com doenças neurológicas como Alzheimer e demência, por não serem capazes de operar o serviço corretamente. O serviço não está disponível a pacientes acamados, pois estes obrigatoriamente devem ser assistidos por um cuidador.

Neste momento, a quantidade de aparelhos disponíveis é limitada, havendo a possibilidade de espera para a instalação.

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