Na avaliação do presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, o preço dos imóveis em Santos vai continuar subindo em 2025 / Carlos Nogueira/PMS
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Santos foi a cidade com a maior valorização no preço dos imóveis dentre os 16 maiores municípios do Estado em 2024. Segundo levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (FIPE) com base em dados do portal Zap, o metro quadrado de área construída teve uma valorização de 13,5% em Santos nos últimos 12 meses.
No ranking estadual das cidades com maior apreciação imobiliária no ano passado, Praia Grande apareceu em quinto lugar, com alta de 10,57%. São José dos Campos (12,26%), Campinas (11%) e Guarulhos (10,86%) completam o top 5.
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Enquanto isso, na cidade de São Paulo, os imóveis tiveram uma valorização média de 6,56% no mesmo período. Portanto, a Capital ficou atrás do Guarujá, que registrou alta de 6,94% no preço do metro quadrado em 2024.
Dentre os quatro municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista avaliados pelo Índice FipeZap, São Vicente foi o que registrou a menor alta, com incremento de 5,81% no valor dos imóveis em 12 meses. Na cidade, o valor do metro quadrado oscilou para R$ 4.478,00.
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Apesar da apreciação superior à das outras 15 cidades paulistas, o Índice FipeZap apontou que o preço médio do metro quadrado em Santos fechou 2024 valendo R$ 7.322,00.
Isso é menos que os R$ 10.844,00 de Barueri, os R$ 8.545,00 de São Caetano do Sul ou os R$ 8.233,00 de São José dos Campos, as mais caras do Interior do Estado em termos nominais. Na Capital, o metro quadrado custa ainda mais caro, cotado, em média a R$ 11.374,00.
Mas, na avaliação do presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, o preço dos imóveis em Santos vai continuar subindo em 2025.
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“Em Santos, tivemos o fenômeno do pré-sal, que chamou muita atenção, e foram produzidas propriedades imobiliárias de mais alto padrão. E trata-se de uma ilha que não tem mais espaço. Então, tudo que tem na Cidade tem um valor acima de qualquer outro local e quem quiser morar em Santos vai ter de pagar o preço, não tem como”, resumiu o presidente do Creci-SP.
“Eu digo sempre que Santos será a ‘Mônaco brasileira’ em pouco tempo porque continua a construção de prédios mais sofisticados. E não tem mais espaço, estão trabalhando agora na demolição de prédios menores para construir empreendimentos maiores. E é claro: o preço do metro quadrado vai lá em cima”, completou Viana Neto.
“É uma característica da Cidade. Santos é única. Pensa em Copacabana: quem quiser um imóvel em Copacabana só tem aqueles que já estão lá, tem que pagar o preço. Santos é a mesma coisa, quem quiser morar em Santos tem que pagar o preço que estão pedindo. Não há saída”, comparou o presidente do Creci-SP.
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O Índice FipeZap de Venda Residencial acompanha a variação dos preços de imóveis residenciais em 56 cidades brasileiras. E a metodologia utilizada pela FIPE monitora a oscilação no valor de apartamentos à venda anunciados no portal Zap de transações imobiliárias. Os detalhes estão disponíveis em fipe.org.br.
Na média-Brasil, a alta no preço do metro quadrado foi de 7,73% em 2024. E essa foi a maior valorização desde 2013. O resultado superou a variação média dos preços da economia, conforme o IGP-M/FGV (+6,54%), e da inflação oficial ao consumidor (+4,64%), considerando os resultados do IPCA até novembro/2024 e o IPCA-15 de dezembro/2024.
Com base em amostras de anúncios de imóveis disponibilizados para venda em dezembro/2024, o preço do metro quadrado calculado pelo Índice FipeZAP foi de R$ 9.366,00 na média-Brasil.
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Imóveis com um dormitório apresentaram o maior aumento relativo no ano, com variação acumulada de 8,71%. Na sequência, destacaram-se unidades com três dormitórios (+8,08%); dois dormitórios (+7,16%); e quatro ou mais dormitórios (+6,24%).
Entre os tipos analisados, os imóveis com um dormitório se destacaram pelo preço médio de venda relativamente mais elevado (R$ 11.130/m²), contrastando com o menor valor identificado entre unidades residenciais com dois dormitórios (R$ 8.387/m²).
Em termos de abrangência geográfica, a valorização imobiliária ocorreu em 55 das 56 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP de Venda Residencial, incluindo todas as 22 capitais pesquisadas.
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Curitiba (+18,00%) liderou o ranking com a maior variação, seguida por Salvador (+16,38%), João Pessoa (+15,54%), Aracaju (+13,79%), Belo Horizonte (+12,53%), Vitória (+12,51%), Fortaleza (+11,49%), Goiânia (+11,49%), Maceió (+10,50%), Cuiabá (+10,31%), Belém (+9,90%), Florianópolis (+9,07%), São Luís (+8,73%), Natal (+8,51%), Manaus (+8,45%), Recife (+6,64%), São Paulo (+6,56%), Porto Alegre (+6,44%), Campo Grande (+4,08%), Brasília (+3,71%), Rio de Janeiro (+3,13%) e Teresina (+2,80%).